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Corpo de chargista de MS é encontrado esquartejado dentro de três malas
A massagista Clarice Silvestre de Azevedo, de 45 anos, acusada de matar e esquartejar o chargista Marcos Antônio Rosa Borges, em 21 de novembro de 2020, em Campo Grande, foi declarada com capacidade de compreender o caráter ilícito de suas ações, após realização de exames de sanidade mental pedidos pela defesa.
A defesa entrou com pedido depois que alegou que a massagista lidava com transtorno depressivo, além de já ter sido abusada quando criança, o que colaborou para a incapacidade de compreensão de suas condutas. Porém, laudos da perícia apontam que Clarice sabia o que estava fazendo.
O resultado da análise já foi homologado pelo juiz da 1ª Vara do Tribunal do Juri, Carlos Alberto Garcete. Dessa forma, caso não haja contestação capaz de derrubar o resultado, a massagista será levada à júri popular pela morte do chargista.
No laudo dos exames realizados por uma psicóloga, apontam que a Clarice é capaz de compreender o caráter ilícito de sua conduta e de se determinar de acordo com este entendimento. É apontado, também, que não existe relação entre o transtorno depressivo e a maneira como o crime foi cometido.
A psicóloga reconhece o quadro depressivo de Clarice como moderado e recomenda tratamento ambulatorial, com acompanhamento psicológico e psiquiátrico.
O juiz Carlos Alberto Garcete acatou o resultado como coerente, de maneira a responder aos questionamentos da acusação e defesa e homologou o laudo.
Relembre o crime - O corpo do chargista Marco Antônio Rosa foi encontrado no dia 24 de novembro de 2020, três dias após ser morto pela massagista, quem também indicou o paradeiro da vítima e confessou o crime.
Além de esquartejado, o corpo estava carbonizado dentro de três malas. Ainda segundo ela, antes de cometer o crime, os dois haviam discutido. Marcos era chargista do Jornal O Estado desde outubro de 2006 e mantinha um relacionamento amoroso recente com Clarice.
No dia seguinte ao crime, o jovem João Vitor Silvestre, de 24 anos, filho da autora, admitiu ter ajudado a mãe a esquartejar o corpo da vítima.
A massagista foi indiciada por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Enquanto o filho responde por ocultação de cadáver e também por concurso de pessoas, isto é, punição para quem ajuda no cometimento de ilícito
