
Dez anos após o assassinato de Eliza Samúdio, a mãe da ex-modelo, Sônia Moraes alega que o neto hoje com 10 anos não faz questão de conhecer o pai, o ex-goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes. Sonia explica que já contou toda a verdade ao neto.

"Sempre falei pra ele que na hora que ele quisesse saber a verdade, eu contaria. Ele ficou assustado, porque eu contei que o pai dele matou uma pessoa e havia tentando contra a vida de uma outra, mas que essa outra pessoa estava viva e bem. Mas quando ele me fez a pergunta: 'quem era a outra pessoa', eu respondi: 'era você'. Ele ficou se perguntando o por quê, e eu disse que ainda não sabia", relatou Sônia Silva Moraes, mãe de Eliza, ao jornal Extra do Rio de Janeiro.
Atualmente ela tem a guarda do menino, diz que durante todos esse anos vem filtrando as informações que chegam ao neto para não machucá-lo ainda mais.
Em entrevista ao portal A Crítica no começo do ano, a mãe de Eliza lamenta que até hoje a justiça não tenha descobrido o que aconteceu com o corpo de Eliza.
"Ninguém sabe ainda o que de fato aconteceu com o corpo da minha filha e percebo que a justiça ainda está de olhos vendados para este caso. Bruno foi solto e outras mulheres são assassinadas o tempo todo. É justo fazer isso com uma família? É justo fazer isso com uma criança?", lamenta.
Eliza Samúdio e o filho - (Foto: Arquivo pessoal)
Sonia explica que ter que lidar com comentários maldosos de pessoas julgando a vida de Eliza é a parte mais dolorida da história.
"Está sendo sofredor tendo que lidar com esse sentimento. Com 10 anos do crime, eu sofro diariamente com isso, pois as pessoas continuam julgando o estilo de vida que a Eliza levava, como se ela fosse a culpada pela sua morte", desabafa.
Segundo Sônia, Bruno entrou com o pedido de DNA em 2014 no Mato Grosso do Sul, onde a criança mora com os avós maternos, exigindo que o exame fosse feito em Minas Gerais.
O caso - Eliza Samudio desapareceu em junho de 2010. A jovem tinha 25 anos na época do crime e pedia judicialmente o reconhecimento da paternidade do filho ao jogador Bruno Fernandes de Souza, na época goleiro e capitão do Flamengo.
Bruno, conheceu Eliza em 2009, foi indiciado e preso sob a acusação de ter planejado o assassinato da ex-modelo. Segundo a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais, Eliza foi assassinada em 10 de junho de 2010, no interior de uma residência em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
De acordo com um dos acusados pelo crime, Eliza teria sido morta por estrangulamento e depois esquartejada e concretada. Os restos mortais da jovem, entretanto, permanecem desaparecidos. O ex-goleiro e outros cinco envolvidos no crime já foram condenados pela justiça.
