
Após muitas especulações em torno do assunto, o Secretário Estadual de Saúde, Geraldo Resende confirmou a alteração no horário do toque de recolher nos 79 municípios das 20h às 5h a partir desta quinta-feira (11). Atualmente o horário é das 22h às 5h.

“Nós precisamos entender que para recuperar a economia, precisamos vencer a doença. O decreto que vai ser publicado ainda hoje (10) foi discutido exaustivamente. Conversamos com o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), que foi taxativo e reforçou que o município vai adotar qualquer medida que o Estado orientar para o combate a doença”, exclamou o secretário.
Mais cedo o portal A Crítica noticiou o vazamento em grupos de WhatsApp de um suposto rascunho do decreto do Governo do Estado oficializando o novo horário do toque de recolher em Mato Grosso do Sul. O documento aponta que o Estado vai adotar o esquema das 20h às 5h com vigência por 14 dias.
O decreto oficializando a decisão vai ser publicado ainda nesta quarta-feira. “Daqui a pouco vamos publicar o decreto. Ninguém de nós fica satisfeito em construir decretos, que precisamos fazer balanceamento em vários setores. Nós precisamos saber que para recuperar a economia é necessário vencer a doença”, explica.
“Todos os prefeitos por meio da Assomasul compreenderam que não há espaço para flexibilizar. É preciso tomar medidas para preservar a vida de todos os sul-mato-grossenses”, ressaltou.
O secretário afirmou ainda que de 2h a 3h faz muita diferença na mobilização das pessoas nas ruas. “Nesse período vamos ter uma diferença muito grande principalmente para o público jovem que teima em ser rebelde, ao fazer aglomerações e levar o vírus para todos os familiares. O jovem hoje está sendo o instrumento para levar a doença para dentro de casa. Aqueles que estão sendo envolvidos em acidentes de trânsito devido estarem alcoolizados, tomando o leito que poderia ter sido destinado ao publico que contraiu a Covid-19”, diz.
Internações - O Estado atingiu o recorde com o número de 754 internações. O índice é o maior desde o início da pandemia em março do ano passado. "É um aumento bastante expressivo que impacta diretamente na superlotação de hospitais privados e públicos, tudo aquilo que estamos falando reiteradamente. Desses casos internados, 419 estão em leitos clínicos e 335 leitos de UTI", destacou a secretária-adjunta Crhstinne Maymone.
