“Com a educação vamos diminuir a violência de gênero e a violência doméstica. Quanto maior a diferença de igualdade de gêneros, quantos mais se objetifica as mulheres, maior a violência”. A frase é da juíza Helena Alice Machado Coelho, da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar de MS, que esteve nesta quinta-feira (15) falando sobre o tema no programa Giro Estadual de Notícias.
Sob o comando com apoio do presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Paschoal Carmello Leandro, a coordenaria realiza amamhã (16) às 16 horas mais um evento de grande repercussão para toda a sociedade: a pré-estreia do projeto Inspiracine: Mulheres, com transmissão ao vivo no canal do Youtube do TJMS.
O projeto inovador será lançado no dia 19 de outubro, na abertura do XII Fórum Nacional de Juízas e Juízes de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, que terá como tema Violência de Gênero e Covid-19: Desafios no enfrentamento de duas pandemias do Século XXI, porém alguns convidados terão o prazer de conhecer a proposta na pré-estreia.
De acordo com a juíza é necessário empoderar as mulheres e educar meninas e mulheres homens e meninos por uma sociedade mais igualitária.
“Percebemos que nesta pandemia houve aumento de consumo do álcool o que eleva a violência nas famílias. Isso sem contar a perda do emprego e com todas estas situações temos sim constatado alta no número de feminicídios em MS”, salientou a juíza. Outro ponto destacado por ela foi que pelo falto das vítimas saírem menos de casa houve uma leve diminuição nas Medidas Protetivas. “Muitas não conseguiam pedir ajuda e houve aumento no feminicídio. Além disso muitos delegados relatam que as vítimas estavam chegando mais machucadas nas delegacias”, acrescentou.
Por isso a idéia de do projeto Inspiracine Mulheres visa atender público mais jovem infanto-juvenil. “Trazemos algumas obras e até biografias de mulheres que fizeram a diferença. Este primeiro evento vai falar de Anne Frank. No total serão 11 episódios curtos, de fácil acessibilidade para atingir publico mais jovem. Queremos levar a escolas e lugares onde as pessoas estejam dispostas a assistir a série e tratar de temas como combate a violência doméstica, de gênero etc”, finalizou.
A entrevista completa você confere no player.