segov-bemfeito
ROTA BIOCEÂNICA

Ex-prefeito de Porto Murtinho diz que Rota Bioceânica já é uma realidade

17 fevereiro 2021 - 10h00 Por Rogério Alexandre Zanetti

Heitor Miranda começou a discutir a viabilidade de integrar os oceanos Atlântico e Pacífico há 30 anos, quando de seu primeiro mandato como prefeito de Porto Murtinho. De lá para cá, muita coisa aconteceu, e o projeto da Rota Bioceânica sai do papel e, a passos largos, vira realidade. Esse foi o tema da entrevista de hoje, no programa Giro Estadual de Notícias do Grupo Feitosa Feitosa de Comunicação nesta quarta-feira (17).

Durante a conversa, Heitor conta que no início houve descrédito e foi até motivo de chacota, mas que parcerias, debates e ações o projeto foi se encaminhando. E contou também o que motivou o debate. “Primeiro, o completo isolamento que se encontrava Porto Murtinho por conta do aumento do transporte rodoviário. A nossa vocação é pelo rio. Segundo, pela localização estratégica de Murtinho. É só olhar o mapa da América Latina como um todo que a gente percebe que Murtinho está numa posição fantástica, extraordinariamente estratégica para fazer, como sempre fez, esse comércio e essa ligação com a América do Sul”.

Para Heitor, o projeto se justifica pelo fato da cidade no sudoeste do Estado facilitar a ligação com os portos chilenos, facilitando o escoamento da produção brasileira e encurtando um caminho de aproximadamente 8 mil km  e cerca de 17 dias para se  chegar aos portos da Ásia, principalmente da China.

Economicamente, Heitor Miranda diz que já está em expansão o processo de produção agrícola na região de Porto Murtinho. “A partir de Maracaju, de Dourados, Nioaque, Guia Lopes da Laguna, Jardim, Bela Vista, Caracol, Murtinho, Bonito, Bodoquena a expansão agrícola está em crescimento. Se Mato Grosso do Sul expandiu em 7% sua atividade em áreas plantadas, no sudoeste está se chegando a 30%”, explicou.

“Isso porque uma distância curta, de 450 a 500 quilômetros até o porto barateia significativamente o frete rodoviário. E isso se traduz em renda melhor para o produtor. Quem produz na região está ganhando de R$ 2,00 a R$ 3,00 por saca produzida”, concluiu.

Confira a entrevista clicando no player.