
Não é fácil se consolidar no mercado campo-grandense, principalmente quando o objetivo do produto final é agradar o paladar do cliente. Mas a gaúcha Ivanete Kreulich Jara, 50, foi além das expectativas. Após a indicação do pai, que é churrasqueiro profissional, teve-se a ideia de abrir o Restaurante Farroupilha como forma de renda primária de sua família. Treze anos depois, a comerciante expande o negócio visando novos clientes nos principais serviços de entrega da capital.

“Eu resolvi abrir o restaurante desde a proposta que recebi do meu pai. Até então, eu estava no ramo contabilidade, mas cresci nesse ambiente culinário e depois de tanto tempo, resolvi largar tudo para empreender no ramo”, conta Ivanete ao Light. E deu certo. O crescimento do restaurante é considerado uma boa resposta à demanda na região, composta por estudantes da rede particular de ensino e comerciantes, que não contavam com um espaço próximo para as refeições.
O dia de Ivanete começa às 06h da manhã, ao fazer as compras nos principais fornecedores de carnes e vegetais da cidade. A partir das 07h, o restaurante é aberto para os funcionários e a preparação dos pratos começa.
A gaúcha Ivanete Kreulich Jara - (Foto: Gustavo Bonotto/A Crítica)
“O movimento mesmo dura entre 11h e 13h, 13h30. Por conta da Covid-19, estamos reforçando a limpeza do ambiente entre esses horários e escalamos funcionários para evitar a lotação, atualmente restrita em até 25 pessoas. Distribuímos álcool pelo ambiente e organizamos as cadeiras conforme as regras de distanciamento social. O serviço de self-service agora conta com uma funcionária exclusiva, que atende os clientes até às 14h. Depois começamos mais uma rodada de limpeza, até encerrarmos o expediente às 16h”, afirma.
Os pratos principais variam conforme o dia, conta a comerciante. “O que é bom, na visão dos clientes. Em um dia servimos lasanha, no outro, feijoada ou frango frito. Nosso bobó de frango é bem requisitado (risos), além da costela assada que se tornou o carro-chefe entre os clientes”.
Michelle, Clienen e Lucas são funcionários do Restaurante Farroupilha - (Foto: Gustavo Bonotto/A Crítica)
Novas ferramentas de trabalho - A pandemia do novo coronavírus afetou o lado financeiro do restaurante. “Tive que demitir e estabelecer regras entre clientes e funcionários, além do aumento no preço entre fornecedores, e claro, as contas básicas que não pararam de chegar. Foi assustador”, destaca.
Com a atividade reduzida do comércio, o movimento do restaurante foi reduzido em 70% – forçando Ivanete a aderir aplicativos de compra e entrega. “Muitos dos clientes agora optam pela a praticidade de pedir o almoço em plataformas como iFood e Uber Eats. Isso nos ajuda a manter o negócio, claro, mas não é uma solução definitiva para a parte financeira”.
As redes sociais também são ferramentas utilizadas para a promoção do restaurante. Lucas Kreulich Jara, 23, é o filho mais velho de Ivanete e atual responsável pelas plataformas virtuais do estabelecimento: “É um aprendizado contínuo. O cardápio é atualizado todos os dias e basicamente caímos de paraquedas no meio da pandemia. Muitos dos clientes agora entram em contato pelo celular e tudo é controlado na palma da mão. Pra nós, isso fideliza o negócio”.
Mesmo com a flexibilidade nas medidas de prevenção, movimento nas redes sociais e melhora na demanda, “[...] Não posso me esquecer de que o financeiro de todos está prejudicado. Se pesa no bolso do cliente, pesa no meu”, finaliza.
O restaurante fica localizado na Rua Sete de Setembro, esquina com a 13 de Maio, nº. 565, Centro. Acompanhe o restaurante no Instagram.
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