ENTREVISTA

"Nosso mandato foi feito ouvindo e executando e a intenção é continuar trabalhando assim"

O vereador William Maksoud Neto tenta a reeleição no pleito deste ano, tendo como principal bandeira a presença junto à comunidade campo-grandense

5 novembro 2020 - 14h00Da Redação
O vereador William Maksoud Neto
O vereador William Maksoud Neto - (Foto: Divulgação)
Terça da Carne

Advogado e defensor de políticas públicas voltadas para a juventude, William Maksoud Neto é produtor rural e natural de Campo Grande (MS), onde nasceu no dia 9 de dezembro de 1990. Mais jovem vereador de Campo Grande na atual legislatura, William Maksoud tem uma família atuante na política de Mato Grosso do Sul, assim como na assistência médica e jurídica gratuita nas comunidades de Campo Grande.

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Seu avô paterno, o médico William Maksoud, foi um dos fundadores do PTB em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e, devido ao reconhecimento de seu trabalho de assistência médica e social, foi eleito vereador de Campo Grande por duas vezes, sendo em uma delas presidente da Câmara Municipal e seu primeiro mandato foi em 1959.

Já o pai, o advogado criminalista William Maksoud Filho, foi eleito vereador pelo PTB em 1992, onde trabalhou na urbanização dos bairros da cidade, principalmente na região do Aero Rancho, tendo conseguido obras de asfalto por todo o bairro, e alcançando o nível de humanização entre os moradores da região, que tiveram acesso aos serviços essenciais.

Por isso, o vereador William Maksoud Neto tem uma história pessoal e familiar dentro do PTB e utilizou a janela eleitoral para se filiar ao partido no dia 3 de abril deste ano. Ele já fez parte do partido, chegando a presidir a Juventude do PTB de Mato Grosso do Sul em 2015 e permaneceu até 2016, quando se filiou ao PMN, legenda pela qual foi eleito vereador aos 25 anos de idade com 2.641 votos.

Na entrevista concedida ao Jornal A Crítica, William Maksoud Neto define-se como um vereador presente na comunidade campo-grandense, percorrendo os quatro cantos da cidade para atender centenas de pessoas. Para tentar a reeleição, ele garante que seu mandato foi feito ouvindo e executando e a intenção é continuar trabalhando assim.

Além disso, ele pretende focar na educação, que sempre foi uma das suas principais bandeiras de trabalho. William Maksoud Neto também é o autor do projeto de lei que criou o "Mapa da Violência de Campo Grande", que vai subsidiar as ações da Polícia no combate à criminalidade.

Sobre a saúde pública, vereador fez questão de destacar o trabalho da Prefeitura e da Câmara de Vereadores no combate à Covid-19. Ele revela que uma metas, caso seja reeleito, é buscar recursos para implementação e construção de um hospital municipal, além de fortalecer a atenção básica de saúde.

A CRÍTICA - Qual o balanço que o senhor faz do seu mandato?
William Maksoud - Sou um vereador presente nas comunidades, nas sete regiões urbanas de Campo Grande (Centro, Segredo, Prosa, Bandeira, Anhanduizinho, Lagoa e Imbirussu), ouvindo a população e levando seus anseios e pedidos à Câmara de Vereadores da Capital, criando projetos de lei que visam o bem do cidadão campo-grandense. Percorremos os quatro cantos da cidade, atendemos centenas de pessoas no nosso gabinete e desenvolvemos várias ações em prol da população. Por isso, o sentimento é de dever cumprido.

A CRÍTICA - Quais serão as suas propriedades caso seja reeleito vereador?
William Maksoud - Desde o primeiro dia de mandato, nossa intenção era resgatar a participação do cidadão na política e temos feito isso. Nosso mandato foi feito ouvindo e executando e a intenção é continuar trabalhando assim. Além disso, a educação sempre foi uma das nossas principais bandeiras de trabalho e seguiremos nesse caminho.

A CRÍTICA - Qual a importância da promoção dos valores cívicos nas escolas de Campo Grande?
William Maksoud - Penso que a educação é a base de tudo e, por isso, atuamos de forma tão presente com a comunidade escolar. Fizemos projetos de leis, como a criação do Programa que promove a Constituição e Cidadania nas escolas e o projeto que institui a presença das bandeiras de Campo Grande e do Brasil, assim como entoação dos hinos, para que os nossos jovens recebam valores cívicos tão importantes para formação do cidadão, assim como muitos de nós recebemos quando estudantes. Formar cidadãos conscientes é dever de todos nós.

A CRÍTICA - Como a criação do Mapa da Violência em Campo Grande pode ajudar na redução da criminalidade na cidade?
William Maksoud - Essa lei, de minha autoria, que cria o Mapa da Violência de Campo Grande vai subsidiar as ações da polícia para o combate da criminalidade. É um banco de dados que vai constar os crimes que estão acontecendo em cada bairro, dando assim um direcionamento para as forças policiais planejarem as estratégias de segurança mais efetivas em cada região. Ele irá subsidiar, com informações pertinentes, as ações municipais de combate à violência. O Mapa da Violência vai contribuir imensamente e de forma efetiva para o enfrentamento da criminalidade na nossa cidade. Ele vai qualificar as operações de combate à violência e dar mais segurança aos campo-grandenses. Agradeço aos meus colegas vereadores pela unânime aceitação desse projeto tão importante. A proposta ainda recebeu emenda para que o banco de dados contenha georreferenciamento das ocorrências que envolvam práticas violentas, tipificações criminais, relatório específico tratando sobre delitos que envolvam grupos de maior vulnerabilidade como mulheres, crianças, adolescentes e idosos, ações de segurança realizadas nas sete regiões urbanas. Além disso, conforme emenda incorporada, o relatório do Mapa da Violência deverá ser apresentado anualmente.

A CRÍTICA - Durante o mandato do senhor, a preocupação com a infraestrutura dos bairros foi uma constante. O senhor pretende continuar com essa bandeira caso seja reeleito?
William Maksoud - Com certeza. Nosso mandato foi participativo e nosso gabinete sempre esteve de portas abertas para atender a população. Além disso, percorremos os bairros pois gosto de estar com as pessoas e ouvir suas demandas. E é assim que eu quero continuar trabalhando, sempre junto à população. Meu avô e pai também foram vereadores e assim como eles, meu perfil de trabalho é atuar junto com o povo.

A CRÍTICA - O senhor pretende dar uma atenção especial para o setor comercial de Campo Grande?
William Maksoud - Vivemos nesse ano de 2020 uma crise mundial. A situação financeira foi fortemente impactada e sem dúvida precisamos reestabelecer a economia e ajudar os comerciantes no próximo ano. Fui autor do projeto Família na Rua 14 de Julho, que visa resgatar as famílias para o convívio no centro da cidade, auxiliando também aqueles comerciantes que enfrentaram dificuldades durante tanto tempo. Com a pandemia, muitas ações ficaram suspensas, mas a nossa expectativa é que no próximo ano a situação esteja melhor e possamos fomentar ainda mais o setor comercial.

A CRÍTICA - Neste ano, estamos enfrentando a pandemia da Covid-19. O senhor tem alguma proposta para reforçar a questão da saúde pública na Capital?
William Maksoud - A Covid-19 deixou marcas em todos nós e esse foi um ano muito difícil. Mas a saúde do campo-grandense precisa melhorar já há algum tempo. Uma das nossas metas para o próximo mandato é buscar recursos para implementação e construção de um hospital municipal, além de fortalecer a atenção básica de saúde.

A CRÍTICA - No próximo ano, as aulas na Reme devem voltar ao normal. Quais as propostas do senhor para a melhoria da educação pública da cidade?
William Maksoud - Penso que devemos priorizar e estabelecer, junto com os professores e psicopedagogos das unidades escolares, uma proposta para recuperação de conteúdo pós-pandemia. Além disso, temos algumas metas para a Educação, como por exemplo, a criação de um Programa de Educação Ambiental onde os alunos poderão desenvolver ações voltadas às questões socioambientais.

A CRÍTICA - Na área da cultura, o que o senhor pretende atuar para possibilitar a retomada desse setor?
William Maksoud - Esse foi um dos primeiros setores a parar devido a pandemia e será o último a retornar normalmente com as atividades. Precisamos fomentar a Cultura e o Turismo da cidade não só para que esses profissionais possam se recuperar dessa crise, mas também para que o cidadão e o turista, tenham mais opções de lazer e adquiram novas experiências.

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