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COLAPSO

Santa Casa de Campo Grande anuncia superlotação e até despejo de pacientes

"O caos está instalado aqui no hospital. Pacientes estão sendo despejados", afirmou Heitor Freire, diretor-presidente do hospital

23 outubro 2020 - 13h00Da Redação
O hospital está lotado
O hospital está lotado - (Foto: Arquivo)

A Santa Casa de Campo Grande voltou a apresentar sinais de colapso. Ontem (22), o maior complexo hospitalar de Mato Grosso do Sul recebeu a imprensa e autoridades para mostrar a situação de superlotação em que se encontra.

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“O caos está instalado aqui no hospital. Pacientes estão sendo despejados”, afirmou Heitor Freire, diretor-presidente do hospital.

A administração afirmou às autoridades que a má gestão de regulação de pacientes tem sobrecarregado o hospital, que em cinco dias recebeu 521 pacientes, mesmo diante da impossibilidade de serem atendidos devido às chamadas “vaga zero”, em que os pacientes que não encontram local de atendimento.

Pacientes portadores de diabetes ou hipertensos haviam deixado de procurar o atendimento e agora retomaram seus tratamentos e, muitos, em estado grave. As autoridades em saúde presentes aproveitaram o momento para fazer uma vistoria, no pronto atendimento nas alas verde, amarela e vermelha, onde foi constada a superlotação.

Para o Ministério Público Estadual, a atual situação de superlotação da Santa Casa tem muitas causas e variáveis que vão, desde questões orçamentárias, questões de encaminhamento de fluxos externos e internos e também à Covid-19. Além disso, a Santa Casa ficou na retaguarda para o atendimento das demais doenças que foram contingenciadas pelo Hospital Regional que teve exclusividade para atendimento do coronavírus e pelo Hospital Universitário, além do fato de as cirurgias eletivas terem sido todas suspensas.

“A suspensão desses serviços ocorreu de forma regular, para que os recursos estruturais fossem direcionados para os pacientes da Covid-19. Porém, as doenças não pararam e se agravaram. Outro tipo de agravamento é em relação aos pacientes que deixaram voluntariamente de procurar atendimento médico em decorrência da pandemia. Atualmente, nós temos um número muito grande de pacientes procurando assistência. Isso, aliado a outros fatores internos, como a falta de insumos, medicamento e recursos humanos, contribuiu para a atual superlotação do hospital”, afirmou a promotora de Justiça da Saúde, Filomena Fluminhan. Com informações do MPE-MS.

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