
A partir do dia 1º de agosto, conforme deliberação do Conselho de Administração da Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul (Cassems), os valores de franquias e coparticipações sobre consultas e sessões pagas pelos beneficiários, serão reajustados para R$ 20 reais.

Em quinze anos, essa é a terceira vez que a Cassems reajusta o valor do fator participativo das consultas. A primeira, em 2010, de 7 para 15 reais e a segunda, em 2014, de 15 para 17 reais. A decisão de aumentar o fator participativo das consultas foi baseada em que a realização destas é ocasional, evitando-se assim, um aumento maior na contribuição mensal do servidor.
O presidente da Cassems, Ricardo Ayache, lembra que, embora a Cassems possua o equilíbrio dos custos assistenciais, ao olhar para o cenário de médio e longo prazo, nós encontramos grandes preocupações. O sistema de saúde brasileiro é bastante complexo, caro, com eficiência questionável. “Nós queremos continuar crescendo focados em atendimento humanizado e de qualidade, cuidando bem das quase 200 mil vidas”, aponta Ayache.
A sociedade vive hoje um grande tensionamento na saúde brasileira, tanto no setor público quanto na saúde suplementar, na qual a Caixa dos Servidores está inserida. O modelo de atendimento adotado pelo Brasil é caro e ineficiente (hospitalocêntrico), pouco preocupado com a promoção à saúde e incorpora acriticamente novas tecnologias. O número de médicos no interior do país é insuficiente, a saúde está cada vez mais judicializada e regulamentada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Como consequência ainda existe a elevação assustadora dos custos assistenciais e sinistralidade paralisante. É importante afirmar que, segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação no país, em 2015, ficou em 10,67%; já na saúde, esse número é maior, chegando a 17,2%, de acordo com dados do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
Segundo o presidente da Caixa dos Servidores, mesmo diante do tenso cenário da saúde suplementar, a Cassems conseguiu controlar o crescimento das despesas e alcançar uma boa remuneração nas operações.
“As despesas administrativas que em 2014 eram de 8,76% em relação a receita deste mesmo período, sendo que em 2015, foram reduzidas para 7,77%, em relação a receita deste período. Em 2015, mantivemos o foco em medidas estratégicas para minimizar o crescimento das despesas assistenciais que, no ano anterior, estavam muito acima das projeções. Tais medidas exigiram maior capacidade de administração de nossos gestores, ” explicou.
Dentre os principais investimentos feitos em 2015 estão: a aquisição e modernização de novos equipamentos médico-hospitalares e mobiliários para as unidades hospitalares, ampliação do atendimento com a criação do ambulatório médico de neurologia e angiologia na unidade hospitalar de Três Lagoas, inauguração do CTI Adulto e neonatal em Três Lagoas, treinamentos dos colaboradores, reformas de Unidades e Regionais, inauguração de mais quatro novos Centros Odontológicos e investimentos em programas de prevenção, como o “Cassems Itinerante” e investimento na Rede Própria, como o Hospital Cassems de Campo Grande.
Em 2016, os desafios continuam e a administração da Caixa dos Servidores seguirá sempre pautada pela austeridade, transparência de informações e ousadia para construir o futuro. “Estamos trabalhando incansavelmente para inauguração do Hospital de Campo Grande, previsto para o próximo mês e continuaremos levando nosso atendimento a todo Estado, Iniciaremos a construção do Hospital Cassems na cidade de Corumbá, com isso, estamos interiorizando ainda mais os atendimentos aos usuários”, pontuou o presidente.
