
Além da Covid-19 o Mato Grosso do Sul deve se atentar as demais doenças que existem e estão registrando casos no Estado. De acordo com o boletim epidemiológico de Chikungunya divulgado no último dia 1º pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), o município com maior índice de casos confirmados da doença é Dourados, a 229 km de Campo Grande, com 49 casos.

No total o Estado tem dez cidades com confirmação da doença, Brasilândia tem duas confirmações, Anaurilândia segue com três, Campo Grande com nove, Corumbá, Bonito, Amambai, Ivinhema, Rochedo e Três Lagoas registram uma confirmação.
A Chikungunya é uma doença transmitida pela picada de fêmeas infectadas de Aedes aegypti. A doença pode evoluir em três fases: febril ou aguda, pós-aguda e crônica. A fase aguda da doença tem duração de 5 a 14 dias. A fase pós-aguda tem um curso de até três meses.
Se os sintomas persistirem por mais de três meses após o início da doença, considera-se instalada a fase crônica. Em mais de 50% dos casos, a artralgia torna-se crônica, podendo persistir por anos. Alguns pacientes podem apresentar casos atípicos e graves da doença, que podem evoluir para óbito com ou sem outras doenças associadas, sendo considerado óbito por chikungunya.
Até o momento não há tratamento antiviral específico para chikungunya. A terapia utilizada é analgesia e suporte. É necessário estimular a hidratação oral dos pacientes. A escolha das drogas deve ser feita após avaliação do paciente, com aplicação de escalas de dor apropriadas para cada faixa etária e respectiva fase da doença.
Os anti-inflamatórios não esteroides e os corticosteroides não devem ser utilizados na fase aguda da doença. O ácido acetilsalicílico também é contraindicado na fase aguda, pelo risco de síndrome de Reye e de sangramento. Recomenda-se tratamento não farmacológico, concomitante ao tratamento farmacológico, por meio de fisioterapia e/ou de exercícios de intensidade leve ou moderada e de crioterapia.
