
O Sul-mato-grossense já pode começar a se preocupar com um mal existente no assunto saúde: o câncer bucal. Os últimos dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam que, somente neste ano, 220 pessoas poderão ser acometidas com a doença no Estado. Em Campo Grande, a estimativa é de que 80 novos casos surgirão.

Ficando apenas atrás de Goiás, o Mato Grosso do Sul é o estado com maior incidência de câncer de cavidade oral da região Centro-Oeste. Entre o sexo masculino, o INCA avalia que em 2020 o MS figure em quinta colocação no ranking nacional de maior ocorrência do problema. Com 170 novos casos entre os homens, esse número representa 77% a mais que a incidência nas mulheres ou uma razão de 11,86 homens doentes a cada 100 mil habitantes.
O Globocan, projeto da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Cancro), revela que 354 mil novos casos de cânceres de língua e cavidade oral foram estimados para o ano de 2018 no mundo. A doença é mais comum para o sexo masculino, acima dos 40 anos, do que no feminino.
Partes do corpo como lábios, gengivas, bochechas, palato, língua (principalmente as bordas), orofaringe e a região embaixo da língua podem ser atingidas pelo câncer.
Brasil
O Inca ainda prevê que entre este ano e 2022, 15.190 brasileiros passem a ter o câncer bucal, sendo 11.180 homens e 4.010 mulheres afetados. Caso os índices dessa estimativa permaneçam, até 5.468 pessoas no País poderão morrer pela doença até 2023, ou 4.374 do sexo masculino e 1.094 do feminino.
Fatores de risco
O tabagismo e o consumo de álcool são os principais motivos de surgimento da doença, sendo que o risco é 30 vezes maior para os indivíduos que fumam e bebem do que para aquelas pessoas que não o fazem.
Entre outros fatores estão a exposição ao sol sem proteção (importante risco para o câncer de lábio), o excesso de gordura corporal, a infecção pelo HPV (relacionada ao câncer de orofaringe) e outros como exposição a agentes oncogênicos como herbicidas, produtos químicos e pesticidas.
