
Com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de barrar a reeleição de Davi Alcolumbre (DEM-AP), o MDB, maior bancada do Senado, vai tentar voltar ao comando da Casa. Entre aliados de Alcolumbre, o partido é apontado como favorito, mas outras bancadas correm por fora. A presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Simone Tebet (MDB-MS), está sendo cotada como pré-candidata em uma disputa interna da sigla.

Na prática, o julgamento do Supremo fez o cenário retornar à estaca zero. Dentro do xadrez, senadores ainda aguardam o “plano B” de Alcolumbre na eleição.
Além de Tebet, o líder do MDB, Eduardo Braga (AM), é apontado como possível candidato. Eduardo Gomes (TO), líder do governo no Congresso, também é citado por colegas de bancada. O MDB tem atualmente 13 integrantes no Senado. O líder do governo na Casa, Fernando Bezerra Coelho (PE).
Por enquanto, o discurso na bancada é de costurar um nome de consenso para lançar um candidato e atrair o apoio de outras legendas. A intenção do MDB é voltar ao comando do Senado. Em todo o período da Nova República, desconsiderando os interinos, o partido só não presidiu em Casa em duas ocasiões: de 1997 a 2011, quando o presidente foi Antônio Carlos Magalhães (antigo PFL, hoje DEM), e Davi Alcolumbre. Antes mesmo da decisão do STF, Braga avisou que a legenda com Alcolumbre fora da disputa.
“Os dois Eduardos têm a pretensão, que é legítima. Eu vou trabalhar para o MDB ter um nome só para não incorrer no mesmo erro da eleição passada”, disse o senador Marcio Bittar (MDB-AC), vice-líder do partido no Senado. Em 2019, Renan Calheiros (AL) e Simone Tebet (MS) se lançaram na disputa. Na última hora, Tebet retirou o nome para apoiar Alcolumbre contra Renan. Entre aliados de Alcolumbre, o MDB é citado como o favorito para vencer a disputa de fevereiro.
