
A Polícia Militar Ambiental em parceria com o Ibama iniciou ontem (14) a Operação Bocaiúva, que visa combater o tráfico de animais silvestres, especialmente o papagaio, que é o animal mais procurado pelos traficantes em Mato Grosso do Sul.

A operação vai contar com 32 policiais e fiscais, no intuito principal de evitar a retirada dos filhotes dos ninhos, tendo em vista, que depois da retirada das aves, mesmo quando se apreendem, os problemas à natureza e os custos econômicos, para cuidar dos animais até a reintrodução envolvem muito dinheiro público.
Policiais estão fazendo bloqueios em fazendas e outros órgãos de segurança, como, outras Unidades da Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Rodoviária Federal, principalmente da região com maior índice do tráfico, são alertados para atentarem ao problema neste período e apoiarem durante suas operações. As regiões que mais são monitoradas devido ao alto índice de apreensão são as divisas com os estados de São Paulo e Paraná, como Jateí, Batayporã, Bataguassu, Ivinhema, Novo Horizonte do Sul, Anaurilândia, Santa Rita do Pardo, Nova Andradina, Três Lagoas e Brasilândia, além de Naviraí, Itaquiraí, Eldorado e Mundo Novo, porém, a operação está foi realizada em todo o Estado, como em 2018, quando houve redução na retirada de filhotes de papagaios no Estado.
O período de agosto a dezembro é preocupante com relação ao tráfico de animais silvestres, pois é o período reprodutivo dos papagaios que é o animal mais traficado no Estado
Nas duas edições passadas, houve a diminuição dos papagaios apreendidos respectivamente e com 141 e 180, com relação a 2017, quando foram apreendidos 357 filhotes. Além disso, não foram registradas apreensões no estado de São Paulo de animais saídos do Mato Grosso do Sul, diferentemente de outros anos.
O período de agosto a dezembro é preocupante com relação ao tráfico de animais silvestres, pois é o período reprodutivo dos papagaios que é o animal mais traficado no Estado.
Atualmente o tráfico de animais silvestres é considerado a terceira atividade criminosa mais rentável, perdendo apenas para o tráfico de drogas e o tráfico de armas. Porém, em Mato Grosso do Sul, o problema se resume quase que especificamente ao papagaio.
