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PARALISAÇÃO

Vídeo: Motoristas de aplicativos em Campo Grande paralisam serviços por conta do alto preço do combustível

A carreata teve início no Parque dos Poderes e se estendeu pelos altos da Afonso Pena

17 março 2021 - 09h40Carlos Ferreira
A manifestação está acontecendo nesta manhã
A manifestação está acontecendo nesta manhã - (Foto: Das Ruas)
Terça da Carne

Acontece na manhã de hoje (17) uma manifestação pelos motoristas de aplicativo em Campo Grande. A paralisação é uma forma de solicitar ao governador Reinaldo Azambuja a redução no preço da alíquota do combustível em Mato Grosso do Sul. A carreata teve início no Parque dos Poderes e se estendeu pelos altos da Afonso Pena.

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A paralisação nesta quarta-feira fez com que diversos passageiros relatassem nas redes as dificuldades na hora de solicitar um carro, ou então pelo alto preço que estava sendo cobrado.

Segundo o presidente da Associação de Motoristas de Aplicativos de Mato Grosso do Sul, Paulo Pinheiro, desde 2017 a categoria luta por melhorias pela classe. “Estamos nessa ‘briga’ desde 2017, momento em que os aplicativos se popularizaram na Capital. Tivemos alguns retornos por parte das autoridades e empresas de aplicativos, mas no geral não houve um bom resultado até hoje”, lamenta.

Ele acrescenta que é muito difícil o contato com representantes das empresas detentoras das marcas. “Não temos como brigar com o sistema, já que as duas marcas populares na cidade são as maiores do Brasil. Dificilmente você consegue falar com eles. A verdade é que enquanto o índice do preço da gasolina não abaixar, estamos pagando para trabalhar. Os preços são abusivos e muitos estão abandonando a categoria”, explica. Hoje a entidade tem associados em Dourados, Corumbá e Campo Grande com uma média de 800 pessoas.

Sobre a paralisação que ocorre hoje, Pinheiro informa que por haver muitos motoristas freelancers, muitos não pararam e continuaram trabalhando. “Infelizmente temos uma categoria desunida devido muitos motoristas serem freelancers. Já os que realmente dependem exclusivamente das corridas, pararam, pois sabem da luta diária que é acordar cedo e ainda assim estar passando dificuldades financeiras. Esses estão realmente lutando por melhorias na classe”, desabafa.

Ele acrescenta que está muito comum motoristas migrarem para os serviços de entrega. “É a lei da procura. Hoje a maioria está migrando para a motoentrega, sendo de manhã, tarde e a noite. É a loucura de ter uma renda para quitar os seus compromissos. Fizemos uma avaliação nesta madrugada e íamos parar de meia-noite, mas muitos continuaram. Entrou o preço dinâmico nas plataformas nesta quarta-feira, o que já ajuda um pouco”, afirma.

Confira o vídeo:

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