Mesmo diante da resistência da Agência de Habitação, o vereador Carlão reafirmou sua disposição de manter o seu projeto que institui o sistema de sorteio público, em dia, hora e locais previamente anunciados através de edital, com supervisão da Ordem dos Advogados e do Ministério Público, para escolha dos beneficiados com as casas populares construídas pela AMHA. Pela proposta do vereador, a análise das informações sócio-econômicas que os inscritos nos programas de habitação vão passar pelo crivo de uma comissão integrada por um representante da própria agência, um da Câmara Municipal, da instituição financiadora do empreendimento, do Sindicato da Habitação e de entidades do movimento comunitário. O vereador reconhece que atualmente falta transparência no processo de seleção, que é feito internamente, sem que a população saiba os critérios de escolha. “Isto dá margem para ação de golpistas que muitas vezes iludem alguns menos informados, tirando vantagem financeira com a promessa de garantir o acesso à casa própria”, argumenta Carlão. Hoje, o apadrinhamento político também compromete a própria qualidade da seleção, em que nem sempre, quem mais precisa, consegue a casa. “Muita gente sequer entrou na casa e já vende em troca de motos, carros usados ou de qualquer R$ 5 mil”, reconhece o vereador. Ele cita o caso do conjunto habitacional Leon Denizart Conte, na saída para Três Lagoas. “Menos de um mês após sua inauguração várias casas já estavam sendo vendidas”.

