Em meio a crescente tensão entre Ucrânia e Rússia, o ministro da Defesa ucraniano, Igor Teniuj, declarou hoje que pôs suas unidades militares em estado de alerta máximo por causa da situação na Crimeia, onde tropas russas tomam o controle de pontos estratégicos.
As manifestações começaram em novembro, depois que o então presidente Viktor Yanukovich anunciou sua decisão de não assinar um acordo de cooperação com a União Europeia, que poderia, no futuro, ter a Ucrânia como um de seus membros.
A questão, no entanto, é mais complexa e tem raízes na história recente do país, nascido após a desintegração da ex-União Soviética.
O país está no meio de uma disputa de forças entre grupos que querem mais proximidade com a União Europeia e outros que têm mais afinidade com a Rússia. Yanukovich foi deposto em fevereiro, e novas eleições foram convocadas.
As atenções agora se viraram para a Crimeia, região autônoma da Ucrânia cuja maioria é alinhada à Rússia, que convocou um referendo sobre sua soberania.
A Crimeia é uma região autônoma da Ucrânia cuja maioria é alinhada à Rússia.
Teniuj fez essa declaração durante uma reunião do Conselho de Ministros em Kiev, na qual assinalou que as tropas "estão prontas para defender suas unidades militares".
O ministro disse também que a Rússia enviou seis mil soldados e 30 blindados à Crimeia, o que constitui uma clara violação dos acordos bilaterais.
