Memória: a mãe da sabedoria

Se você acha que memória e idade andam lado a lado, saiba que a perda da capacidade de retenção de informações nada tem a ver com envelhecimento nem, muito menos, com perda de células cerebrais, como muita gente pensa (cientistas norte-americanos e suecos comprovaram, em 1998, que novas células cerebrais são geradas em pessoas adultas, na região do hipocampo).
Também não venha me dizer que a sua memória é fraca, pois isso não existe: se você não se lembra de determinadas coisas é porque não houve motivação, atenção, interesse nem compreensão suficientes quando travou contato com elas.
Então, chega de desculpas e aprenda a utilizar adequadamente a memória, que é a mãe de toda sabedoria.
Memória é a função do cérebro que nos permite recordar de pessoas e fatos acontecidos, assim como de coisas que lemos, vimos, ouvimos ou aprendemos. Trata-se de um processo bastante complexo que, atualmente, tem sido muito investigado para que, da sua plena compreensão, resulte a descoberta de novas técnicas que possibilitem um incremento na capacidade de retenção de informações, ou seja, na memorização.
A memória é um dos mais importantes recursos disponíveis pela inteligência; da sua destreza e agilidade, dependem a rápida identificação dos modelos mentais apropriados e de todo tipo de informação que necessitamos no dia-a-dia.
Dicas básicas para memorização
1. Movimento: imagens em movimento são mais fáceis de ser memorizadas; então, em vez de pensar na forma de slide, comece a fazê-lo como um filme.
2. Cores: isso estimula o hemisfério direito do cérebro, que pensa em cores, está diretamente ligado ao sistema límbico e tem estreita relação com a retenção de informação. Habitue-se a grifar as coisas que precisa memorizar com as cores de que você mais gosta.
3. Exagero: desafie os parâmetros da sua memória com noções absurdas de tamanho, quantidade, cor, aroma, etc. Uma coisa é tentar lembrar-se de uma garrafa de vinho e outra é tentar lembrar-se de uma garrafa do tamanho de uma caixa d’água...
4. Ritmo e Rima: da mesma forma que as cores, isso estimula o hemisfério direito do cérebro. Há certas coisas que aprendemos com ritmo e rima que são inesquecíveis. Se você ainda não aprendeu um critério de colocação de crase, aprenda agora:
Vou a ..., volto da ..., crase há!
Vou a ..., volto de ..., crase pra quê?
Funciona assim:
“Vou a praia, volto da” praia. Tem crase: vou à praia.
“Vou a Santos, volto de” Santos. Não tem crase: “vou a Santos”.
Se quer memorizar uma informação importante, entre em contato com ela antes de dormir. Sempre que, antes de dormir, você envia uma mensagem ao seu cérebro, a tendência dele é ficar ruminando aquilo durante a noite toda. Portanto, aproveite!
