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OBRAS

Prefeitura está finalizando tubulação e voltará a construir paredões na revitalização do Anhandui

A transposição do emissário de esgoto das margens do Rio Anhandui para o centro da pista bairro-centro da Avenida Ernesto Geisel está 84% concluída

8 dezembro 2020 - 10h06
Até agora, dos 1.250 metros de tubulação que serão implantados, já foram feitos 1.050 metros
Até agora, dos 1.250 metros de tubulação que serão implantados, já foram feitos 1.050 metros - (Foto: Divulgação/PMCG)

Iniciada há 4 meses, a transposição do emissário de esgoto das margens do Rio Anhandui para o centro da pista bairro-centro da Avenida Ernesto Geisel está 84% concluída. A previsão, que pode ser revista conforme a intensidade das chuvas que foram registradas no período, é que na segunda quinzena de janeiro haja a interligação do interceptor à rede existente. Em seguida, será aberta uma frente de serviço dentro do rio, com a retomada da construção da parede de gabião na margem direita (sentido Centro).

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Até agora, segundo balanço da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos, dos 1.250 metros de tubulação que serão implantados, já foram feitos 1.050 metros. Isto permitiu fechar a valeta de 3,5 metros de profundidade, recompor o aterro, refazer o pavimento e liberar para o tráfego o trecho entre as proximidades do Ginásio de Esportes Guanandizão e a Rua Aquário. Quando a chuva der uma trégua, será refeito o asfalto em mais 400 metros a partir do cruzamento com a Rua Bonsucesso. Na travessia sobre a ponte que interliga o Marcos Roberto com a Vila Jacy a intervenção já foi concluída.

Os engenheiros da Sisep explicam que o ritmo das obras é comprometido pela período de chuva, porque o serviço exige muita movimentação de terra. O aterro da pista, feito com arenito, é retirado e o fundo da valeta concretado para colocar os tubos “envelopados” por fibro cimento, a valeta é fechada para recompor a pista da avenida que margeia o Anhandui.

Estão sendo usados tubos de 90 centímetros de diâmetro, feitos com material mais resistente, PRFV (Poliéster Reforçado com Fibra de Vídro), que só é fabricado com prévia encomenda, com prazo mínimo de 60 dias para entrega. A tubulação custou R$ 900 mil e foi paga pela Águas Guariroba.

Retomada

As obras de revitalização e controle de enchentes no Rio Anhandui foram retomadas em agosto. O serviço estava parado há 9 meses por causa de atrasos no repasse de recursos federais. Foi preciso também aguardar a Caixa Econômica Federal aprovar a reprogramação do projeto, que terá um custo adicional de R$ 1,240 milhão, custeado com recursos próprios, viabilizados em parceria com o Governo do Estado.

O valor cobre os gastos com a implantação do emissário de esgoto entre a Rua Ceres e as proximidades do Guanandizão. A nova tubulação substituirá a atual, que fica rente à margem esquerda (sentido bairro) do rio, onde também serão erguidas as paredes do gabião.

Pelo emissário é escoado o esgoto coletado na cidade até a Estação de Tratamento no Los Angeles. A proposta inicial era erguer o gabião da margem esquerda, alinhando ao interceptor. Entretanto, após as primeiras movimentações de terra, se constatou que o aterro que abriu caminho para implantação das pistas da Avenida Ernesto Geisel não resistiria, além de colocar em risco o interceptor, com consequências imprevisíveis em termos ambientais.

Estabilização

As obras no Rio Anhandui são para estabilizar as margens do rio (com muro de gabião e placas de concreto). Sem as paredes de gabião ou de concreto, quando chove muito na cabeceira dos córregos afluentes (Prosa e Segredo), a correnteza aumenta. A água, ao bater no barranco diretamente, derruba o aterro e provoca erosão, colocando em risco as pistas. Estão sendo construídas mais bocas de lobo nas pistas marginais para aumentar a capacidade de captação da enxurrada.

Será feita também uma ciclovia (na margem direita até a ponte de travessia na Rua Abolição e na esquerda até a ponte na Rua do Aquário), urbanização e recapeamento das duas pistas da Avenida Ernesto Geisel, numa extensão de 1,6 km, da Rua Santa Adélia até a Rua do Aquário. A margem direita (sentido centro-bairro) já está “revestida”, protegida da erosão com paredões de gabião com até 9 metros de altura e placas de concreto. As cabeceiras da ponte, para travessia na altura da Rua Bonsucesso, foram refeitas após a construção no canal do rio de gabião embaixo da estrutura.

O que já foi feito

Até agora, 60% do projeto já foi executado, com investimento de quase R$ 30 milhões (R$ 29.482.754,49). Com o reajustamento médio de 20,61% , o custo dos três lotes subiu de R$ 48,5 milhões para R$ 58,5 milhões. No lote 2, entre as ruas Abolição e Bonsucesso, já foi feito 58,67% do gabião (3.802 m²) e no lote 3, entre as ruas Bonsucesso e do Aquário, 48,77% (3.218 m²).

O canal já está pronto nas duas margens do lote 1, que tem 410 metros (entre as ruas Santa Adélia e Abolição). As pistas marginais foram recapeadas, ainda falta fazer a ciclovia, implantar o guard rail, além da urbanização. Um trecho antigo do canal de 20 metros está sendo reconstruído. Nos outros dois lotes, que juntos tem 1.260 metros, da Rua da Abolição até a Rua do Aquário, a margem direita (sentido bairro) está pronta. Na margem esquerda, o serviço foi interrompido porque havia risco de danificar o interceptor com a movimentação de terra.

Para reforçar a estrutura do canal, o projeto prevê nos trechos com paredes de concreto a “ancoragem” das placas. A técnica consiste na abertura de uma perfuração de 11 metros no subsolo, onde se coloca um cabo de aço e nele se injeta concreto armado, fazendo o grampeamento da estrutura.

A parte do canal em gabião é revestido com uma manta geotêxtil. Este material, feito com poliéster, é colocado atrás das paredes de gabião, reforçando ainda mais a proteção das margens do aparecimento de novos processos erosivos.

Projeto antigo

O projeto de revitalização do Anhanduí é de 2011 e teve duas licitações e uma ordem de serviço assinadas e canceladas em 2012. Em 2014, também fracassou a segunda tentativa de licitação. Calculou-se que seria preciso R$ 68 milhões para executar o projeto até o final da Avenida Ernesto Geisel, no Aero Rancho, com R$ 28 milhões de contrapartida.

Com a atualização das planilhas, além de alguns ajustes no projeto, o recurso, assegurado por um convênio firmado em 2012 com o Ministério das Cidades (R$ 42,7 milhões em valores corrigidos), será suficiente apenas para executar o projeto entre as ruas Santa Adélia e do Aquário numa extensão de 1.670 metros..

A obra faz parte de um conjunto de ações para controle de enchentes nos bairros Marcos Roberto, Jockey Clube, Jardim Paulista e Vila Progresso. Foram investidos R$ 26 milhões em rede de drenagem e intervenções em afluentes do rio (os córregos Cabaça e o Areias), que despejam suas águas no Anhandui.

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