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Portugal reelege presidente Marcelo Rebelo de Sousa

24 janeiro 2021 - 19h00
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O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, cumprirá um segundo mandato após conquistar pouco mais de 60% dos votos na eleição deste domingo, 24, evitando um segundo turno, de acordo com resultados preliminares. A taxa de abstenção foi a maior desde a instauração do regime democrático, em 1974, chegando a 61,6%.

O Partido Socialista do primeiro-ministro Antônio Costa, no poder, não apresentou candidato oficial. Ana Gomes, candidata socialista que foi eurodeputada e não teve apoio do partido, ficou em segundo lugar, com 12,5%.

Em terceiro apareceu o candidato André Ventura, de extrema direita, que obteve 11,9% para seu movimento 'chega'.

Embora as medidas de confinamento estejam em vigor devido à pandemia do coronavírus, viagens foram permitidas para votação.

Rebelo de Sousa, professor de direito e ex-líder do partido de centro-direita PSD, tornou-se popular como comentarista político na televisão antes de sua primeira eleição em 2016. Nas últimas décadas, os presidentes portugueses têm cumprido dois mandatos - a última vez que houve segundo turno foi em 1986.

Em Portugal, o primeiro-ministro e o seu governo definem a política. Com mandatos de cinco anos, o presidente exerce um cargo relativamente decorativo, mas tem autoridades como nomear o primeiro-ministro e dissolver o Parlamento.

As eleições deste domingo serviram para medir a temperatura do país em relação à extrema direita, cujo candidato André Ventura queria "esmagar a esquerda". O jurista de 38 anos causou surpresa ao conquistar uma cadeira no Parlamento nas eleições legislativas de 2019, quando atingiu 1,3% dos votos.

O país de 10 milhões de habitantes passa por um grave surto de pandemia após o Natal, com a maior média de novos casos e mortes per capita em sete dias, de acordo com o rastreador de dados da Universidade de Oxford.

O número de mortes por covid-19 bateu recordes pelo sétimo dia consecutivo neste domingo - 275 - com hospitalizações também em recorde e ambulâncias em fila de espera durante várias horas nos hospitais de Lisboa lotados. COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

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