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CRACOLÂNDIA EM SÃO PAULO

Organizações da sociedade fazem ato contra ação da polícia na Cracolândia em SP

26 maio 2017 - 18h13
São Paulo - Ato contra as ações da prefeitura e do governo do estado na região da Cracolândia na Praça Júlio Prestes, região central (Rovena Rosa/Agência Brasil)
São Paulo - Ato contra as ações da prefeitura e do governo do estado na região da Cracolândia na Praça Júlio Prestes, região central (Rovena Rosa/Agência Brasil) - Rovena Rosa/Agência Brasil

Organizações de direitos humanos realizaram hoje (26) uma manifestação no centro da capital paulista contra a operação policial feita na Cracolândia no último domingo. Eles protestaram também contra a intenção da prefeitura de São Paulo internar compulsoriamente dependentes químicos e a destruição de imóveis usados pelos usuários de drogas na região.

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“Nossa avaliação é que as pessoas da Cracolândia já vivem um histórico de violência muito grande, e tratar violência com violência é algo realmente muito desastroso. As pessoas da Cracolândia precisam de cuidado, cuidado e liberdade”, disse Marcos Vinícios Maia, do coletivo Craco Resiste, um dos organizadores do ato.

As entidades reivindicam também participar da elaboração dos planos da prefeitura destinados para a região da Cracolândia. “A ideia é que as pessoas da Cracolândia falem o que é melhor para elas. Não de cima para baixo, mas de baixo para cima”, acrescentou Maia.

Os manifestantes se reuniram no final da tarde na Praça Júlio Prestes, onde artistas, principalmente cantores de rap, fizeram inicialmente uma apresentação. O ato saiu em passeata em direção à prefeitura, passou pelo local onde até a última semana onde se concentravam os dependentes químicos – e, logo em seguida, pela Praça Princesa Isabel, onde os usuários estão atualmente aglomerados.

Segurando uma grande faixa com os dizeres “Na Craco Também Tem Família”, os manifestantes percorreram todo o trajeto da passeata gritando palavras de ordem contra a atuação da polícia e a intenção da prefeitura de remover forçosamente dependentes químicos da região.

Em nota, a prefeitura disse que não houve remoções forçadas. “Não houve remoção de dependentes de maneira violenta ou involuntária. Pelo contrário. De maneira voluntária, foram internadas 26 pessoas e atendidas cinco mil. Seiscentos agentes sociais e de saúde estão em campo para que estes atendimentos sejam realizados”.

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