
Quarenta indígenas foram assassinados no Mato Grosso do Sul em 2019. O número representa 35% do registrado em todo o Brasil: 113. Os dados foram divulgados hoje pelo relatório do Conselho Indigenista Missionário (Cimi). O levantamento foi feito com o auxílio de entidades e associações dos povos sobre a situação dos índios no País.

O documento reforça o quanto o Estado do MS tem sofrido com constantes e violentos ataques a tais etnias e ainda aponta para episódios de tortura, inclusive de crianças.
Quanto a conflitos territoriais, o Mato Grosso do Sul também figura em primeiro lugar no ranking. No ano passado ocorreram 10 situações do tipo, das 35 no Brasil.
As tragédias ainda incluem números de suicídio. O Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) do MS mostra que desde 2006, 645 indígenas se suicidaram, o que remete a uma média de 1 suicídio a cada 7,9 dias.
Também houve um aumento em 2019 quanto aos focos de incêndio em terras indígenas. A variação em um ano marcou 452%. Kadiwéu, localizada na transição entre o Pantanal e o Cerrado, foi a área mais afetada, onde foram computados 1.268 focos.
A Fundação Nacional do Índio (Funai) ainda não se manifestou a respeito dos dados do Cimi.
