
A indústria têxtil e do vestuário de Mato Grosso do Sul estima para 2014 um crescimento de 3% , movimentando R$ 1,61 bilhão. A alta, mais tímida porcentagem, marca saldo positivo ante o fechamento do ano de 2013, que contou com um faturamento de R$ 1,57 bilhão, conforme José Francisco Veloso, presidente do Sindivest/MS (Sindicato Intermunicipal das Indústrias do Vestuário, Tecelagem e Fiação de MS). Apesar do aumento não ser muito significativo, e assim sendo, o setor para conseguir esse avanço, faz os empresários buscar alternativas como novos conceitos em produtos, agregando valor e reduzindo custos para se tornarem competitivos.
Veloso avalia que mesmo considerando grandes eventos como Copa do Mundo e eleições gerais, o mercado de consumo não ficará muito diferente do ano passado. "Não projetamos muito além, porque hoje o processo eleitoral esta muito mais restrito e produtos da Copa também são com marca da Fifa. Como a concorrência dos importados, fazem com que nossa industria caminhe só um pouco e até cresça, mas a passos curtos", pontua.
O presidente regional lembra que para o setor avançar na pratica de números maiores, a área precisa de apoio e mudanças da política fiscal do país. “O setor anseia pela implementação do RTCC (Regime Tributário Competitivo para Confecção) para que o Brasil possa entrar em uma fase de investimentos mais consistente”, afirmou, acrescentando que essa é uma alternativa demandada pelas empresas do vestuário e que a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) tomou frente para que o segmento tenha preço mais competitivo.
Em luta e parceria
O representante do Sindivest/MS aponta que a entidade tem atuado, em conjunto com o Sistema Fiems e empresários, para articular ações de interesse da indústria têxtil e do vestuário, como a manutenção de incentivos fiscais até 2028 com a redução do ICMS para indústrias de confecção por meio do Decreto nº 13.715, de 19/08/2013.
Veloso destacou ainda o apoio nas áreas de treinamento e qualificação com o Senai. "Tivemos inúmeros cursos de costura industrial, levando qualificação aos bairros da Capital, além da sala de aula móvel instalada na Associação de Moradores da Vila Cidade Morena, proporcionando a melhoria da qualidade de vida da população e atendendo a demanda industrial", declarou.
Sobre outras ações desenvolvidas pelo Sindicato e que devem ter continuidade neste ano, ele destacou os projetos e palestras técnicas, feiras, eventos e negociação salarial com assessoria jurídica. Além disso, o setor passa a contar com o novo CTV (Centro Tecnológico do Vestuário), com a disponibilização de novos serviços, treinamentos e consultorias, agregando mais facilidade e qualidade.
Atualmente, o Estado conta com 381 estabelecimentos, que empregam 9.246 trabalhadores.
