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Investimento

Indústria têxtil de MS espanta crise e aposta em crescimento em 2009

Ponto a ponto, profissionais e máquinas que não param. O ano foi de muito trabalho para as 460 empresas do setor têxtil de MS, com mais de 12 mil empregos diretos, que juntas produziram cerca de 16 milhões de peças e, para 2009, desponta como o ano de oportunidades de expansão para o segmento industrial

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A concorrência dos produtos asiáticos, agora mais altos devido a essa valorização do dólar, tende a tornar menos ameaçadora e com isso as empresas da cadeia produtiva têxtil e de confecção enxergam novos nichos de mercado.

De acordo com o presidente do Sindivest/MS (Sindicato das Indústrias do Vestuário, Tecelagem e Fiação de Mato Grosso do Sul), empresário José Francisco Veloso Ribeiro, além do fator cambial que inibe a entrada dos produtos concorrentes, outro fator enxergado em meio à crise internacional desponta como uma boa aposta para o setor. Favorecidas pelo aumento da renda e do emprego, as classes C e D, aproximadamente 20 milhões de brasileiros, com renda média de R$ 1,1 mil e R$ 570, respectivamente, e que hoje consomem mais de R$ 410 bilhões por ano, devem elevar o consumo garantindo assim um aumento nas vendas.

"É satisfatório perceber que, a cada dia, a disparidade social está diminuindo no nosso país e as classes C e D tem se beneficiado disso. Nossas atenções estão voltadas agora para a expansão do consumo entre essas pessoas e esperamos um aumento de 15%, que é um crescimento bastante significativo", estimou o presidente do Sindivest/MS.

Em 2007 eram 13.404 indústrias do segmento e 2008 deve fechar com 14.556 empreendimentos, o que revela um avanço de 8,6% no setor industrial como um todo. "É uma força considerável na economia do Estado, se contabilizarmos o avanço de 9% na massa salarial, que passou de R$ 80,9 milhões para 87,9 milhões é ainda mais significativo", destacou.

Ainda de acordo com ele, a previsão para 2009 é otimista com a atração de novas empresas no setor têxtil e de confecção com a geração de mais emprego e renda, tudo isso graças aos incentivos fiscais concedidos pelo Governo do Estado para o setor de confecção que é um grande gerador de primeiro emprego. "Nos próximos 15 meses em Campo Grande, está previsto quatro indústrias que serão implantaentrarão em funcionamento gerando cerca de 1.200 empregos diretos", estimou.

Dados da Agência de Desenvolvimento Econômico de Campo Grande confirmam a expansão e o otimismo do setor. Só na Capital, de 2005 até o fim de 2008, nove empresas serão incentivadas. Juntas elas devem investir R$ 37,3 milhões e gerar 1.688 postos de trabalho diretos. "O setor está bem dinâmico. Alguns empreendimentos já estão instalados e produzindo e outras começaram a partir de 2009", confirma Paulo Salvatore Ponzini, diretor presidente da ADCG.

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