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A indústria de Mato Grosso do Sul aponta que precisará preencher uma demanda de contratações de nove mil trabalhadores qualificados nos próximos anos. Projeções enumeram que serão cerca de 4,3 mil profissionais por ano para atender à demanda por vagas industriais entre 2014 e 2015 no Estado. A quantia de trabalhadores no período, será requerido segundo estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os setores da construção civil, sucroenergético e alimentos/bebidas são os três segmentos que devem concentram a demanda por formação para novos empregos, segundo levantamento.

Ainda conforme o estudo, esses trabalhadores deverão ser contratados não apenas na indústria, mas também em outros segmentos da economia, como serviços, que também exigem profissionais com formação industrial, incluindo todos os tipos de ocupações (baixa e média qualificação, técnicos e profissionais de nível superior).
Contudo, essa contratação depende também de qualificação profissional, que deve ou deveria acontecer para se consolidar toda a mão de obra e preencher a demanda apontada nas projeções de necessidades regional. “Nossa intenção, como entidade de formação profissional voltada para a indústria, é atender a demanda do setor em MS por mão de obra qualificada”, pontuou o diretor-regional do Senai, Jesner Escandolhero.
O diretor-regional acrescenta que esse esforço vai ao encontro das necessidades das indústrias instaladas no Estado, que ressentem da falta de mão de obra qualificada para ampliar sua produção.
Por segmento
Segundo a projeção do Mapa do Trabalho Industrial, juntos, os três segmentos que vão requerer mais contratação, respondem por 58,7% da demanda por formação para atender a novos empregos industriais nesses dois anos, ou seja, 2,5 mil trabalhadores. na construção civil, sucroenergético e alimentos/bebidas.
De acordo com o levantamento da CNI, apenas o segmento da indústria de alimentos e bebidas deve abrir 1,5 mil vagas em dois anos, enquanto a indústria da construção civil oferecerá outras 757 vagas e o sucroenergético mais 297 postos de trabalho.
Para atender essa demanda do setor industrial, o Senai vai oferecer somente neste ano de 2014 mais de 80 mil vagas e outras cerca de 80 mil para o próximo ano, totalizando mais de 160 mil vagas, a maioria gratuita, em diversos cursos de educação profissional distribuídos nas modalidades de nível superior, técnica, de qualificação, de aperfeiçoamento, de treinamento e de aprendizagem industrial.
Dados nacionais
No Brasil, segundo as projeções do Mapa do Trabalho Industrial, em 2014 e 2015 a necessidade é pela formação de 570 mil novos trabalhadores por ano para atender a novos postos gerados na indústria. Os cinco segmentos que concentram a maior demanda por formação para novos empregos são construção, alimentos e bebidas, indústria automotiva, indústria de máquinas e equipamentos e indústria de produtos de minerais não-metálicos.
Juntos, esses segmentos industriais devem responder por 53% da demanda por formação para atender a novos empregos na indústria. Se considerarmos o crescimento médio anual relativo projetado no emprego na indústria para os próximos anos destacam-se os seguintes segmentos: extração de petróleo e serviços relacionados, montagem de veículos automotores, extração de minerais metálicos, sucroenergética e celulose e papel.
A falta de profissionais qualificados é uma reclamação generalizada na indústria, porém é mais intensa entre trabalhadores de menor qualificação, que respondem pela maior parte do emprego na indústria. As queixas sobre a dificuldade em encontrar técnicos qualificados também são elevadas. Logo, os segmentos com maior proporção de trabalhadores de nível qualificado e técnicos, como construção civil e alimentação, são os que têm mais problemas de qualificação.
Quadros Comparativos
Demanda por formação industrial na Região Centro-Oeste - 2014/15
Estado |
Trabalhadores |
|
1º Goiás |
21.958 |
|
2º Mato Grosso |
14.148 |
|
3º Mato Grosso do Sul |
8.682 |
|
4º Distrito Federal |
768 |
|
Total |
45.556 |
|
Demanda por formação industrial no Brasil - 2014/15
Estado |
Trabalhadores |
||
1º São Paulo |
386.902 |
||
2º Minas Gerais |
120.642 |
||
3º Rio Grande do Sul |
111.742 |
||
4º Rio de Janeiro |
92.138 |
||
5º Paraná |
86.012 |
||
6º Santa Catarina |
77.486 |
||
7º Bahia |
37.762 |
||
8º Pernambuco |
28.264 |
||
9º Pará |
25.238 |
||
10º Espírito Santo |
23.442 |
||
11º Ceará |
23.132 |
||
12º Goiás |
21.958 |
||
13º Amazonas |
21.380 |
||
14º Alagoas |
17.498 |
||
15º Mato Grosso |
14.148 |
||
16º Rio Grande do Norte |
10.462 |
||
17º Paraíba |
9.608 |
||
18º Mato Grosso do Sul |
8.682 |
||
19º Sergipe |
8.614 |
||
20º Piauí |
3.888 |
||
21º Maranhão |
3.720 |
||
22º Rondônia |
3.448 |
||
23º Tocantins |
1.666 |
||
24º Amapá |
1.500 |
||
25º Distrito Federal |
768 |
||
26º Acre |
712 |
||
27º Roraima |
208 |
||
Total |
1.141.020 |
||
