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Governador anuncia aumento de 13,45% para professores

O governador André Puccinelli anunciou que dará aumento de 13,45% para o magistério. O reajuste eleva o piso salarial para R$ 950, cumprindo, em parte, a lei nacional.O aumento, superior ao combinado com a Fetems (Federação dos Trabalhadores na Educação), passará a valer já a partir de janeiro, apesar da data-base ser maio. “Vocês terão aumento quatro meses antes dos outros”, ressaltou o governador, em discurso de mais de uma hora aos professores.
Nas contas do governador, o salário inicial dos professores de R$ 771,75, com 80% de regência de classe, totalizando R$ 1.406,79, passará a ser de R$ 950, com 60% de regência (um vencimento total de R$ 1.596). O impacto na folha será de aproximadamente R$ 6 milhões, passando de R$ 41 milhões para 47 milhões.
O aumento leva em conta a inflação dos últimos oito meses. Como ainda não existem os índices IPCA-E de novembro e dezembro de 2008, foram usados os de abril e março. Puccinelli também reafirmou que cumprirá os acordos com as diversas categorias de servidores e que todos terão aumento acima da inflação a partir de maio, com exceção dos professores, que receberam a notícia dessa antecipação.
O governador disse que se mantém firme na decisão de tentar derrubar o aumento no tempo de planejamento e conseqüente redução do tempo dos professores em sala de aula. Ele afirmou que irá lutar até o fim contra a mudança na jornada de trabalho dos professores. André e os governadores da região sul entraram no Supremo Tribunal Federal com uma ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade) para tentar derrubar o dispositivo legal. A lei determina que 33% da jornada de trabalho de 40 horas semanais deverá ser destinada ao planejamento. Atualmente, de cada 10 horas semanais trabalhadas, apenas uma é dedicada ao planejamento do ensino.
Puccinelli argumenta que como os professores têm acesso à internet e a sites de busca, não existiria a necessidade de mais tempo para planejamento. “Não sou a favor de mudar. A hora atividade foi feita quando não tinha internet e google”, disse.
Com relação à polêmica criada pelo uso da palavra “vadiagem” em uma entrevista à Agência Brasil sobre o piso do magistério, o governador reconheceu o erro, mas disse que não chamou os professores de vagabundos.

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