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Exportação

Exportação de carne deve fechar 2013 em US$ 6,5 bi

21 dezembro 2013 - 11h00
As exportações de carne bovina devem encerrar 2013 com receita de US$ 6,5 bilhões e quantidade embarcada de 1,5 milhão de toneladas, incremento de 12% e 19,5%, respectivamente, sobre 2012.
A projeção foi feita pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne (Abiec), Antônio Camardelli.
De janeiro a novembro, os embarques atingiram US$ 6 bilhões, alta de 12,92% sobre o mesmo período do ano anterior. Em volume, foram exportados 1,3 mil toneladas, incremento de 18,92% na mesma base de comaração.
Para 2014, a associação projeta faturamento de US$ 8 bilhões e embarque de 1,8 milhão de toneladas.
O otimismo nas projeções para o próximo ano está embasado na expectativa de resolução dos embargos à carne bovina e também abertura de novos mercados.
Conforme Camardelli, dos 18 mercados que restringiram o produto brasileiro em razão do caso não-clássico de encefalopatia espongiforme bovina, ocorrido no Paraná em 2010 e divulgado no final de 2012, cinco já retomaram as compras, o equivalente a 6,8% do total do volume exportado em 2012.
As vendas continuam suspensas para: Arábia Saudita, Líbano, China, Kuwait, Iraque, Japão, Catar, Usbequistão, África do Sul, Bahrein, Bielo-Rússia, Taiwan e Coreia do Sul.
“Esperamos que no primeiro trimestre do ano estejam todos resolvidos”, projeta o dirigente.
Entre os mercados com perspectiva de abertura, o mais próximo de concluir as negociações é a Indonésia, avalia Camardelli.
O país já possui acordo encaminhado com o Brasil e tem lista de unidades aptas a fornecer o produto para embarque, contudo, legislação interna impede que a carne seja adquirida de países com status de livre de aftosa com vacinação.
“Se não houver uma solução política para o caso estamos prontos para entrar na OMC, pois não há justificativa”, salienta o dirigente. O mercado deve representar entre 15 e 20 mil toneladas no primeiro ano de negócios.
Para Camardelli, 2014 também vai ser um ano de decisão no que se refere à negociação internacional em que será preciso 'aumentar o tom'.
Camardelli citou a resistência do Japão, Taiwan e Coreia do Sul, que alegam comprar a proteína apenas de países livres de aftosa sem vacinação.
“A entrada com painel na OMC e em que tom isso será tratado, será discutido em reunião do conselho da Abiec.”
A Abiec também espera uma resolução para o primeiro semestre para a liberação do ingresso de carne in natura para os Estados Unidos.
O País precisa publicar uma consulta pública a partir da qual terá um prazo para autorizar a entrada do produto brasileiro.
Segundo documento de divulgado pelo governo norte-americano em julho, 14 estados brasileiros de áreas livres de aftosa teriam condições de ser habilitados a fornecer carne in natura aos EUA.
“A liberação desse mercado está prevista no contencioso do algodão, o que está sendo cobrado. A perspectiva é de que a publicação ocorra logo”, afirma o diretor executivo da Abiec, Fernando Sampaio.
Ele ainda enumera Tailândia, Mianmar, Omã e Trinidad e Tobago como mercados que devem abrir as portas ao produto brasileiro no próximo ano.
Outros fatores
A cotação do dólar também deve contribuir para que as exportações sigam em alta.
“O câmbio variou entre R$ 1,95 e R$ 2,40 neste ano. O que sentimos da indústria e que enquanto estiver acima de R$ 2 está confortável para o exportador”, diz Sampaio.
A manutenção do status sanitário também deve garantir o acesso do produto brasileiro aos mercados.
Recentemente o País teve oito estados reconhecidos internamente como livres de aftosa com vacinação e a expectativa de que a OIE conceda o reconhecimento internacional do status em maio de 2014.
Porém, a instabilidade financeira do Ministério da Agricultura preocupa. “Não se faz manutenção de status sem recurso.
Os representantes de todas as carnes estão preocupados, mas esperamos que isso se resolva.” (Portal DBO)
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