
Este trabalho evita a poluição do meio ambiente e a proliferação do mosquito da dengue. A Empresa Ecopneus Ltda localizada no bairro Tarumã, responsável pelo recolhimento dos pneus usados e que, recentemente, teve parte dos pneus queimados, mudará de endereço em 2010. O empreendimento será transferido para o Pólo Empresarial das Empresas Recicladoras, localizado na região norte da cidade.

Segundo o proprietário da Ecopneus, Luis Renato Pedroso, o novo local já foi autorizado pelo Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) e já está com a licença ambiental para entrar em funcionamento. “Estamos trabalhando na construção do galpão que terá depósitos, sistema de água e, principalmente, das máquinas separadoras e trituradoras, que são mais rápidas no processamento. Com esta máquina, não haverá acúmulo de pneus. Tudo que chegar no depósito será processado no mesmo dia”, assegurou o empresário.
Luis Renato fez questão de frisar que o depósito localizado no bairro Tarumã não oferecia risco nenhum para a população local, no que diz respeito à proliferação do mosquito transmissor da dengue. “Semanalmente, os agentes de saúde da Sesau compareciam ao local para fazer a vistoria nos pneus. Os moradores do local viam somente a chegada dos pneus, mas não viam os pneus saindo nos caminhões já triturados”, esclareceu.
Processo de reutilização dos pneus
Os pneus inservíveis que não têm mais condições de recapagem passam por um processo de trituração. Na primeira etapa é retirado o chip dos pneus, que são colocados no autoformo para a reutilização na fabricação de cimento. Atualmente, no Estado existem empresas que processam este material que é reutilizado como combustível. Deste material, também é produzida a brita de borracha, que é ecológica e pode ser substituída na brita de bazalto de concreto. O aço é encaminhado para a siderurgia para ser reutilizado na fabricação do aço.
Segundo a engenheira civil da UFMS (Universidade Federal de mato Grosso do Sul), Sandra Regina Bertocini, há dois anos foi procurada pela empresa para fazer a pesquisa de reutilização dos pneus usados. “Pegamos todo o material, fizemos os estudos e começamos a fazer a substituição pela brita e constatamos que é possível fazer a substituição de 20% do concreto do meio-fio e do piso das casas. Este material é viável, uma vez que ele tem uma boa dilatação e também é muito resistente”, comentou.
O titular da Semadur, Marcos Cristaldo, informou que os primeiros testes com o concreto já foram feitos e só falta autorização da Seinthra para que construtoras de meio-fio façam a utilização do produto. “Acredito que, com esta reutilização, estamos evitando a poluição do meio ambiente e, de imediato, foram criados 20 novos empregos. Tudo isso é muito importante para nós”, frisou.
