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Internacional

Diplomatas dos EUA têm até amanhã para deixarem a Venezuela

18 fevereiro 2014 - 06h30
Protestos teriam apoio dos EUA
Protestos teriam apoio dos EUA - Reprodução / Telesur
O chanceler venezuelano, Elías Jaua, informou ontem que os diplomatas americanos Breean Marie Mc Cusker, Jeffrey Gordon Elsen e Kristopher Lee Clark terão 48 horas para deixar o país, após terem sido declarados personae non gratae na Venezuela, acusados de apoiar atos violentos das manifestações estudantis que ocorrem desde a semana passada.
Em pronunciamento, Jaua disse que o governo venezuelano teve acesso a cópias de e-mails trocados entre os funcionários americanos e estudantes, o que comprova que os Estados Unidos estão “financiando os grupos violentos que atuam nas manifestações”.
O chanceler apresentou dados sobre um suposto plano da embaixada norte-americana, organizado e promovido para financiar os atos violentos e desencadear uma crise política no país. Ele mostrou três documentos do Wikileaks, pertencentes ao serviço de inteligência dos Estados Unidos, com data anterior aos atos desta semana, datados de 2010 e 2011.
“Os arquivos mostram que estudantes expressaram interesse em receber apoio dos Estados Unidos e que representantes do governo americano viajaram a Mérida [Oeste do país] para entrar em contato com líderes estudantis em 2010", detalhou. "Em 2011, outro documento mostra a intenção de Washington de aumentar em US$ 30 milhões o financiamento de processos desestabilizadores, em razão da proximidade das eleições."
Segundo Jaua, um outro arquivo mostra interesse dos Estados Unidos em apoiar a “sociedade civil na defesa da democracia”.
Além de declarar a expulsão dos diplomatas, conforme anúncio de Maduro na noite de anteontem, Jaua voltou a criticar os Estados Unidos por recomendarem ao governo venezuelano negociar com os setores opositores. “Ninguém pode dizer ao governo da Venezuela que mude sua forma de atuar contra os grupos violentos”, enfatizou.
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