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TRANSPORTE COLETIVO

Dados da prefeitura informam que capital paulista tem menos ônibus em circulação

22 maio 2017 - 14h47
Comper

A prefeitura de São Paulo registrou, desde o início do ano, a menor frota de transporte coletivo de toda a série histórica que começou em 2006. A média mensal de ônibus e micro-ônibus nos quatro primeiro meses de 2017 chegou a 14.512 veículos, segundo dados do órgão responsável por administrar o transporte público na maior cidade do país, a SPTrans.

O número fica abaixo do de 11 anos atrás, quando a média alcançou 14.761 veículos em circulação para o ano inteiro.

Em nota, a SPTrans explicou que a variação da frota ocorre em função de ajustes operacionais e argumentou que, apesar da redução no número de veículos, aumentou a capacidade de transporte de passageiros, já que ônibus menores estão sendo substituídos por veículos maiores, como os biarticulados.

Os números oficiais mostram que, em abril de 2006, a frota tinha capacidade para 958 mil passageiros. Em abril deste ano, esse número chegou a 1,153 milhão de pessoas. Um aumento de quase 20% na capacidade

De outro lado, em 11 anos, também aumentou o número de usuários do sistema, com acréscimo de 10%, aproximadamente. Em todo o ano de 2006, foram transportados 2,661 milhões de passageiros. Nos 12 meses do ano passado, esse número chegou a 2,915 milhões de pessoas. Até abril deste ano, já tinham sido transportadas 917 mil pessoas.

Os números das planilhas oficiais são sentidos na prática por quem anda de ônibus na maior cidade do país. Cinelly dos Anjos, que é empregada doméstica e precisa pegar até três ônibus todos os dias para chegar ao trabalho, relaciona a redução do número de veículos com a queda na qualidade do serviço: “Por causa do tempo que você espera. Você espera muito, sabe? É uma falta de respeito com a gente, que paga muito caro pra andar mal dentro desses onibus apertados”.

O número médio de ônibus em circulação este ano vem caindo a cada mês. Entre janeiro e abril, pelo menos 235 ônibus deixaram de circular. A redução dos ônibus em circulação ocorre ao mesmo tempo que aumentou a dívida da prefeitura com as empresas de transporte. Somente a parcela decorrente do subsídio da prefeitura às passagens de ônibus saiu de R$ 242,5 milhões reais no final do ano passado para R$ 324,1 milhões. Um aumento de mais de 35%.

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