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Educação

Crise global do ensino custa US$ 129 bilhões por ano, segundo Unesco

1 fevereiro 2014 - 07h12
Relatório revela que 10% dos gastos em educação primária são perdidos em ensino de má qualidade, com jovens de países pobres sem conseguir ler; Brasil é mencionado por melhoria da qualidade educacional.
A Unesco divulgou esta quarta-feira a nova edição do relatório global Educação para Todos. O documento revela que a crise do ensino está custando aos governos US$ 129 bilhões por ano, ou R$ 314 bilhões.
Segundo a agência, 10% dos gastos globais com educação primária são perdidos em ensino de baixa qualidade.
Com isso, um em cada quatro jovens de países pobres não é capaz de ler uma única frase. No mundo, 250 milhões de crianças não estão aprendendo o básico do ensino.
Brasil
O relatório destaca que bons professores são a chave para melhorar a situação e pede aos governos que invistam nesses profissionais. O documento da Unesco faz uma série de referências ao Brasil.
A agência da ONU afirma que o país é uma exceção, por estar usando de forma eficiente testes nacionais em alunos. O relatório cita o Prova Brasil, que é uma avaliação de rendimento escolar.
Segundo a pesquisa da Unesco, o teste tem ajudado escolas a planejar estratégias para melhorar a qualidade do ensino.
Renda
O relatório afirma que o Brasil coloca o setor de educação como prioridade e que em 2011, o governo utilizou 18% dos seus gastos totais em educação, com mais de US$ 2 mil sendo investidos por criança do ensino primário.
O maior nível de receitas fiscais explica porque o Brasil gastou 10 vezes mais do que a Índia por aluno.
A distribuição de renda aos brasileiros mais pobres contribuiu para o melhor atendimento escolar e melhor proporção aluno/professor.
Segundo o relatório, 53% dos eleitores sem escolaridade afirmaram que apoiariam um governo corrupto, porém competente. Por outro lado, apenas 25% dos eleitores com ensino superior concordaram com a ideia.
Professores
O levantamento da Unesco traz dados sobre salários dos professores, que na América Latina é menor do que outras profissões que pedem qualificações parecidas.
Um exemplo citado é o Brasil, onde em 2007, profissionais de alguns setores ganhavam 43% a mais do que professores da pré-escola e do primário.
A Unesco também destaca o aumento médio de 61% das matrículas escolares na região Nordeste e de 32% no Norte brasileiro, ocorrido entre os anos de 1997 e 2002.
Mas a agência da ONU sugere reforço das reformas escolares nas duas regiões, onde as notas de matemática, por exemplo, ainda são menores do que nos estados do Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.
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