
No ano passado mais de 20 mil consumidores foram ao posto do SPC no prédio da ACICG, localizado na rua 15 de novembro, no centro, para consultar a situação e tentar renegociar a dívida.

Dados do SPC têm indicado redução das inclusões. Isso se deve a um conjunto de fatores, que passa pela contenção do endividamento e também pela regularização para aproveitar oportunidades como isenção de IPI sobre veículos 0km e subsídio do programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal.
“O ano foi aberto sob signo do pessimismo por conta da crise e isso foi um erro muito grande. Muitos estavam com medo de perder o emprego e quando o consumidor está mais seguro em seu emprego se endivida mais”, avalia o gerente do SPC, Valdineir Ciro de Souza.
O último dado do SPC indica que em outubro houve queda de 2,22% na inadimplência de pessoas físicas em relação a outubro do ano passado. Em relação ao mês de setembro deste ano a queda foi ainda maior: 11,06%.
As vendas estão reagindo, o que eleva as expectativas para o período de maior apelo, o natalino.
No mês de outubro a reação foi de 5,46% em relação a outubro de 2008 e de 6,94% em relação a setembro.
Oportunidade - O professor João Antônio de Oliveira, de 51 anos, foi à sede do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) “limpar o nome” porque pretende financiar uma casa própria pelo Programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal.
“É um dos requisitos que eles solicitam para aprovar o financiamento”, explica.
Mas, para isso, vai ter que conseguir dinheiro para quitar a dívida de R$ 2.478, referente a uma empresa de telefonia. Segundo ele, o valor é resultado de uma cobrança indevida. Já a dívida do motorista Valquir Santana Barbosa, de 39 anos, também em torno de R$ 2 mil, ficou acumulada porque ele emprestou folhas de cheque que não foram pagas.
Agora, ele precisa quitar o débito para se beneficiar do programa de habitação. “Vim regularizar porque quero fazer o financiamento da minha casa. Acho que vale a pena pagar para conseguir”, afirma.
Apesar de menor que a dos dois homens, a dívida de R$ 400,00 não estava no orçamento da doméstica Glória Lúcia Benevides, de 40 anos. Mesmo assim, ela afirma que irá parcelar e ‘dar um jeito’ de conseguir o dinheiro, para tentar ser beneficiada pelo programa do Governo. “Vou tentar porque moro de aluguel faz tempo e não é fácil”, ressalta.
O motoentregador Alexandro dos Santos Rios, de 24 anos, saiu mais satisfeito da sede do SPC. Isso porque ele conseguiu pagar sua dívida há três meses, e foi ao local verificar se estava tudo certo para dar entrada no financiamento da casa própria. “Fique sabendo do programa (Minha Casa Minha Vida) e vim confirmar se o nome estava limpo para ver se consigo alguma coisa”, afirma.
