
Depois dos estragos causados em diversos municípios de Mato Grosso do Sul, a chuva vai dar uma trégua no Estado a partir da primeira semana de novembro. Conforme informações do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS (Cemtec/MS), as chuvas podem continuar em algumas localidades no máximo até terça-feira (3).

Houve uma alta quantidade de chuva na última semana, tanto que conforme o meteorologista Nathálio Abraão, no período a estimativa era de 134,2 milímetros de chuva, mas em algumas regiões o índice quase bateu a casa dos 180 milímetros.
Dos municípios que mais saíram prejudicados, as cidades das regiões Sul e Sul-Fronteira contabilizam mais estragos causados pelo temporal que começou na última segunda-feira (26), conforme o coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Fábio Catarineli.
Pelo menos nove cidades foram gravemente afetadas: Caarapó, Coronel Sapucaia, Deodápolis, Dourados, Ivinhema, Itaporã, Juti e Nioaque.
Há registros de destelhamento de casas e queda de árvores em várias localidades. Postes de energia elétrica foram danificados em Itaporã. Em Ivinhema, uma casa foi alagada e a família precisou ser retirada do local.
Homens do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e do Exército auxiliaram na organização dos municípios. Em Dourados, a Prefeitura Municipal chegou a decretar situação de emergência por causa dos prejuízos causados pela tempestade.
A chuva em Dourados derrubou diversas árvores - (Foto: Defesa Civil)
"Equipes municipais de Defesa Civil estão fazendo avaliação de danos. Já temos alguns relatos de estragos. Mas precisamos desse levantamento oficial para inserir no sistema", explicou o coordenador da Defesa Civil Estadual.
Interior - Em Nova Alvorada do Sul a queda de duas torres de transmissão de energia elétrica deixou a cidade sem energia por 12 horas, os efeitos foram sentidos também nas cidades de Rio Brilhantes e Douradina. A Energisa por meio de nota chegou a triplicar as equipes, para restabelecer o fornecimento o mais rápido possível.
Em Dourados, o número de equipes foi quadruplicado devido a complexidade dos estragos que a chuva causou. O temporal veio acompanhado por fortes rajadas de vento e raios (descargas atmosféricas). Mais de 80% das interrupções no fornecimento de energia foram ocasionadas pelos ventos fortes e queda de árvores e galhos em contato com a rede elétrica, provocando inclusive, o rompimento de cabos.
O clima severo resultou em 65 bairros ficaram sem energia, impactando mais de 22 mil clientes em Dourados.
A presença da frente fria que avançou sobre a Região Sul e a formação de uma ciclone extratropical no litoral do Rio Grande do Sul contribuíram para a formação de nuvens carregadas sobre Mato Grosso do Sul.
