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FAUNA PANTANEIRA

Animais são os mais prejudicados com as queimadas no Pantanal sul-mato-grossense

A vida animal segue sendo ameaçada pelo avanço do fogo nos últimos dias

29 setembro 2020 - 17h00Hanelise Brito
O bioma Pantanal abriga uma abundante riqueza, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente são mais de 800 espécies vivendo no bioma
O bioma Pantanal abriga uma abundante riqueza, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente são mais de 800 espécies vivendo no bioma - (Foto: Chico Ribeiro/Governo do Estado)
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Os animais tem sido uma das vítimas das queimadas, segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o número de incêndios na região do Pantanal já é 210% maior que o do ano passado. Em 2020, foram pelo menos 14.489 focos contra 4.660 em 2019.

O bioma Pantanal abriga uma abundante riqueza, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente são mais de 800 espécies vivendo no bioma.

A vida animal segue sendo ameaçada pelo avanço do fogo nos últimos dias. O chefe de comunicação da Polícia Militar Ambiental, Edmilson Paulino Queiroz relata que no primeiro momento os incêndios causam a mortalidade da fauna, principalmente dos animais mais lentos. Ele afirma também que alguns animais se afastam das regiões afetadas. “A fauna que se afastou, começa a competir com outra fauna que já vivia com a capacidade máxima. Disputando alimento e condições de ambiente", explica.

Ednilson também explica sobre os animais feridos por conta dos incêndios. “Quanto aos animais feridos pelos incêndios, eles precisam ser atendidos, saindo do seu habitat e indo pra processos de tratamentos, alguns desses processos são longos e uma parte destes animais até conseguem ser reintroduzidos na natureza, porém isso leva muito tempo, custo ambiental e custo financeiro. Felizmente as pessoas tem se sensibilizado e ajudado", afirma.

O coronel Angelo Rabelo têm trabalhado como voluntário na linha de frente contra os incêndios e afirma que o cenário atual é sem precedentes na história. “Talvez o saldo nunca seja de fato conhecido, são muitas espécies morrendo no fogo e é uma perda significativa pra um bioma que com 300 anos de ocupação conseguiu manter a sua vida silvestre com uma diversidade fantástica”, afirma.

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