
A Câmara dos Deputados da Alemanha confirmou nesta terça-feira o terceiro mandato da chanceler Angela Merkel. A atual chefe de governo recebeu o apoio de 462 dos 631 deputados alemães, dias após a formação de uma aliança entre seu bloco conservador e o Partido Social-Democrata.
A ratificação do mandato ocorre três meses após a eleição parlamentar que decretou a vitória da coalizão de Merkel, encabeçada pela União Democrata Cristã. Em novembro, após dois meses de negociação, foi selada uma aliança com os rivais sociais-democratas para a formação de um novo governo.
Para isso, no entanto, ela foi obrigada a incluir na próxima administração projetos como a criação do primeiro salário mínimo da história alemã, fixado em € 8,50 por hora (R$ 27,20). Os sociais-democratas também conseguiram o compromisso na aprovação de melhoras no sistema previdenciário e a dupla nacionalidade.
Além das concessões feitas aos sociais-democratas, a chanceler integrou demandas da União Social Cristã da Baviera (CSU), que inclui pedágio para estrangeiros nas estradas alemãs. Com a grande coalizão, a oposição será restrita ao partido A Esquerda, com 64 cadeiras, e os Verdes, com 63.
Esta será a segunda vez que Merkel liderará uma grande coalizão de governo, como aconteceu na primeira legislatura em que foi chefe de governo (2005-2009). Na última legislatura, Merkel optou por governar com o Partido Liberal (FDP), grupo que ficou fora do Parlamento por não superar a barreira dos 5% dos votos.
Caso não haja antecipação das eleições parlamentares, Merkel ficará no cargo até 2017, completando 12 anos comandando a Alemanha e superando a britânica Margaret Thatcher como a mulher que ficou mais tempo na chefia de governo de um país europeu.
