O presidente da FHF, Jean Yves-Bart, estava no prédio na hora da tragédia, mas conseguiu se salvar e teve apenas três dedos fraturados e ferimentos corporais. Ele foi atendido no hospital St. Esprit, em Porto Príncipe.

Mas o treinador Jean Yves Labaze, que classificou o Haiti para a Copa do Mundo sub-17 em 2007, ainda está desaparecido embaixo dos escombros. Assim como vários dirigentes, treinadores, empregados e pessoas ligadas ao futebol que estavam no edifício. No momento do terremoto, ocorriam na sede da federação reuniões para definir o calendário do futebol no país e a tabela do campeonato nacional, que começaria no dia 31 de janeiro.
Além disso, o estádio Sylvio Cator, local do Jogo da Paz em 2004 entre a seleção brasileira e o Haiti, foi invadido por sobreviventes e virou um acampamento para quem teve as casas destruídas. As pessoas estão acampadas no gramado em barracos. No último ranking divulgado pela Fifa, o Haiti apareceu na 90ª posição entre as 207 seleções. O futebol é o principal esporte do país.
O terremoto da semana passada teve epicentro a 15 quilômetros da capital haitiana, Porto Príncipe. O Governo do país caribenho confirmou que pelo menos 70 mil corpos já foram enterrados. O Exército brasileiro confirmou que 16 militares do país que participam da Missão de Paz das Nações Unidas no Haiti morreram na tragédia. A médica Zilda Arns, fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança, e o brasileiro Luiz Carlos da Costa, segunda autoridade civil mais importante na hierarquia da ONU no Haiti, também morreram no tremor.
