
A partir de amanhã (16), agricultores de Mato Grosso do Sul estarão oficialmente liberados para semear a nova safra. Mas, por enquanto, será muito difícil ver as plantadeiras no campo, uma vez que o clima seco impede a realização do serviço. Em entrevista à Agência Rural, o presidente da Aprosoja-MS, André Dobashi, explicou que, no momento, não há condições ideais para o plantio. "Muitos agricultores estão com alguma área pronta para receber as sementes. Então, acreditamos que se chover no fim de setembro o produtor vai conseguir iniciar o plantio no começo de outubro, que é o normal da safra de soja no estado".

Ao mesmo tempo em que estão se preparando para o plantio, muitos agricultores ainda fazem os cálculos para definir o quanto da safra vão comprometer em contratos futuros. É que o preço da saca de sessenta quilos, cotado acima dos R$100,00 para o próximo ano, é um atrativo interessante. Contudo, vale ressaltar que muitas variáveis compõe a estratégia desde tipo de negociação. Na avaliação de Dobashi, o produtor deve ter muita cautela. "O agricultor precisa, no mínimo, conhecer o seu potencial produtivo, a qualidade do solo, ter em mãos todos os custos de produção e avaliar sua situação financeira para depois montar sua estratégia de negociação", explica.
Dados de uma das maiores corretoras de grãos de Mato Grosso do Sul, mostram que 47% da produção da safra 2020/2021 já foi negociada em contratos futuros. São negócios que envolvem trocas por insumos, vendas antecipadas para cooperativas, multinacionais e até mesmo estratégias de proteção de preços, por meio de operações financeiras, chamadas de “Hedge”.
Por que negociar Contratos Futuros de Soja?
- Garantir um preço atual da soja até a data do vencimento do contrato
- Proteger-se contra as oscilações do mercado variável
- Possibilidade de alavancar seus investimentos
