
Com o aumento notório de produtos considerados tradicionais na cesta básica, como o arroz, feijão e óleo de soja, a Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados (AMAS), esclareceu que os supermercados do Estado não são os responsáveis pelo alto valor dos alimentos.

O arroz, por exemplo, subiu 100% nos últimos 12 meses, de acordo com a Associação Brasileira da Industria de Arroz –ABIARROZ. A justifica é que poucos produtores estão com a matéria-prima, e por isso o aumento do produto tanto nas indústrias quanto para os consumidores.
Segundo a economista Andreia Ferreira, Supervisora técnica do escritório do DIEESE, é preciso se preparar, pois a tendência é que os alimentos subam ainda mais nos próximos seis meses, já que novas majorações serão aplicadas em alguns itens básicos da alimentação.
“Os alimentos estão pressionando a inflação. Isso porque ainda a inflação calculada inclui outros componentes além da alimentação, que são o transporte educação entre outros itens. Tudo isso ajuda a compor a inflação e no que se refere à alimentação, o trabalhador fica ainda mais pressionado”, afirmou.
A profissional ainda afirma que o pequeno aumento do salário mínimo contribuiu para que isso acontecesse. “Pela nossa análise, enquanto os itens de alimentação subiram neste período, o salário mínimo não avançou muito. O governo tirou a valorização com a previsão dos valores para ano que vem. Teve redução no salário, nenhum ganho real. Estimavam ainda que a inflação projetada iria cair, mas não é o que se percebe”, salientou.
A nota da AMAS ainda afirma que vai se atentar aos estabelecimentos que aumentarem o preços dos produtos de forma considerada injusta.
“Informamos que estamos atentos a todas as oscilações de preços dos produtos vendidos nos supermercados e combateremos firmemente o aumento de preços injustificados por parte de todos os fornecedores envolvidos na cadeia de abastecimento”, diz o documento assinado pelo presidente da entidade, Edmilson Jonas Verati.
