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CRISE

Para proprietários de bares da Capital, mesmo com medidas de flexibilização a tendência é baixar as portas

Em uma reunião realizada ontem (24) foi definida as novas medidas neste período de pandemia para o comércio na Capital

25 agosto 2020 - 15h50Carlos Ferreira
Bares estão vazios
Bares estão vazios - (Foto: Tomaz Silva/ABrasil)

A flexibilização do distanciamento social não vem fazendo muito efeito na economia para os proprietários de alguns estabelecimentos que mais foram afetados com a pandemia do coronavírus.

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Em uma reunião realizada ontem (24) foi definida as novas medidas neste período de pandemia para o comércio na Capital. No novo decreto que vale até 31 de agosto, estarão liberados o consumo de bebidas alcoólicas, música ao vivo com no máximo dois músicos e o toque de recolher que passa a ser a partir das 22h até às 5h.

Para o empresário Gerson Freitas, proprietário de um bar na região central de Campo Grande, o medo das pessoas e até mesmo a instabilidade vem afetando diretamente o bar que mesmo com as liberações da Prefeitura, não surtiram tanto efeito assim.

“Olha, não estou reclamando do que vem sendo feito, afinal estamos em meio a uma pandemia e reconheço as medidas impostas pelas autoridades, mas mesmo com as flexibilidades o negócio não está andando. Já estou conformado que desse ano infelizmente o meu negócio não passa”, afirma.

Conforme a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Mato Grosso do Sul (Abrasel MS), até abril o setor já havia demitido mais de 3 mil entre bares e restaurantes desde o início da pandemia na Capital.

“Parece que é algo além, e acredito que as mesmo após encontrarem uma vacina vai levar um tempo para sentir uma recuperação, já que a maioria está cortando gastos e priorizando o que é realmente necessário”, explica.

Outro que está sentindo o impacto direto do coronacrise, é o Aricleto Porperoni. Dono de um restaurante no bairro Buriti, ele explica que teve de demitir pelo menos cinco funcionários, e que até o fim do ano pode ser que tenha novamente um “facão” na empresa.

“Tinha 15 funcionários. Hoje tenho 10, e a previsão é que demita mais cinco. Estamos vivendo uma incerteza, pois não sabemos quando isso vai acabar e mesmo com todas as medidas impostas, percebemos que o público está evitando gastar ou até mesmo tem medo de sair devido a pandemia. Espero que não, mas se até março não melhorar vou baixar as portas”, lamenta.

Só nas últimas 24h, a Capital registrou 673 novos casos, saltando para 19.336 casos confirmados da doença.

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