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ECONOMIA

Negociações EUA-UE direcionam negócios e mercados fecham em alta em NY

25 julho 2018 - 19h28
Comper

A reunião entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, atraiu as atenções dos mercados acionários americanos e, já durante a tarde, a possibilidade de um acordo entre os dois lados fez com que as bolsas fechassem com ganhos robustos. O índice Nasdaq foi o principal beneficiado e renovou a 25ª máxima histórica no ano, tendo apoio adicional das empresas de tecnologia em meio à expectativa com balanços corporativos.

O índice Dow Jones encerrou o pregão com alta de 0,68%, aos 25.414,10 pontos; o S&P 500 subiu 0,91%, para 2.846,07 pontos; e o Nasdaq saltou 1,17%, aos 7.932,24 pontos.

À espera da reunião entre Trump e Juncker, as bolsas americanas abriram os negócios no terreno negativo nesta quarta-feira, 25, em um movimento que se intensificou durante a manhã com relatos de que Trump estaria disposto a seguir em frente com sua retórica tarifária, podendo impor tarifa de 25% sobre quase US$ 200 bilhões em automóveis importados pelos americanos. No entanto, logo no início da tarde, quando os dois líderes iniciaram reunião na Casa Branca, o clima positivo de negociações foi predominante.

Cerca de uma hora antes do fechamento das bolsas em Nova York, uma fonte europeia da Dow Jones Newswires informou que Trump e Juncker haviam chegado a um acordo para baixar as tarifas industriais de ambos os lados e aumentar as exportações americanas de soja e de gás natural liquefeito para a Europa. Com a notícia, ações de empresas industriais ampliaram os ganhos e o subíndice industrial do S&P fechou em alta de 1,33%, aos 633,00 pontos. Entre as principais companhias, a 3M subiu 1,84% e a Caterpillar avançou 1,82%. A Boeing, no entanto, recuou 0,66% após não ter divulgado resultados tão fortes quanto o projetado.

Depois do fechamento das bolsas em Nova York, os dois se pronunciaram e informaram que irão trabalhar para zerar tarifas, barreiras e subsídios, com exceção feita à indústria automotiva. Além disso, fica suspensa a implementação de novas barreiras comerciais pelos EUA. Essa possibilidade pesou nas ações de montadoras americanas: a General Motors cedeu 4,64%, a Ford Motor fechou em queda de 0,47% e a Fiat Chrysler despencou 11,83%.

Na avaliação do diretor e gerente de portfólio da Logan Capital Management, Stephen Lee, ainda é necessário avaliar se as empresas serão capazes de repassar as tarifas e os aumentos dos preços das commodities para os consumidores. "O poder de precificação será fundamental, mesmo sem as tarifas e mesmo sem outras questões. À medida que nos aproximamos do pleno emprego, provavelmente haverá alguns custos mais altos."

As techs também apresentaram fortes ganhos em meio ao cenário de arrefecimento das tensões comerciais entre Washington e Bruxelas. Amazon (+1,88%), Alphabet (+1,41%), Facebook (+1,32%) e Microsoft (+2,94%) renovaram máximas históricas de fechamento.

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