
Mato Grosso do Sul está apostando no vigor do setor industrial e na retomada da construção civil, como fator gerador de empregos em 2021. O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck fez uma avaliação do desempenho da economia sul-mato-grossense durante o ano que passou e perspectivas para o próximo ano.

Segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados na última quinta-feira (28), o estado encerrou 2020 com saldo positivo de 14.173 vagas de trabalho. Na variação relativa (que considera o tamanho do mercado de trabalho), Mato Grosso do Sul ficou no oitavo lugar entre os 27 estados brasileiros em geração de empregos.
Ao analisar os números divulgados pelo Caged, o secretário considera importante verificar onde estão esses empregos. “Vemos a indústria, com praticamente metade, mais de 6 mil empregos gerados. Isso decorre de toda a negociação de incentivos fiscais, as empresas tiveram cumprimento de suas metas, mas foram renegociadas. Criou-se o ambiente para continuar produzindo”, afirmou o secretário Jaime Verruck.
O secretário da Semagro, Jaime Verruck (Foto: Marcos Pontes)
Mesmo com quase 11 mil postos de trabalhos acabados entre março e maio do ano passado, por conta da pandemia da Covid-19, a economia sul-mato-grossense reagiu bem, com uma sequência de seis meses positivos, período em que foram criados 19 mil empregos de carteira assinada.
“Não podemos deixar de pensar na questão do emprego lembrando que 2020 foi um ano de pandemia e 2021 se inicia da mesma forma. Tivemos uma desestruturação grande do setor produtivo, fechamento de comércio, ascensão do comércio online, paralisação das empresas por falta de insumos. Uma série de características que impactaram diretamente no emprego formal. O Brasil não vem sinalizando com um crescimento positivo da economia, mesmo assim Mato Grosso do Sul termina o ano com um bom saldo de empregos gerados”, destacou.
Sobre as perspectivas para este ano de 2021, Verruck acredita que o ano começa com boas promessas e algumas incertezas.
“Para 2021 vamos continuar crescendo no setor industrial, esperamos crescer na área da construção civil, mas isso depende essencialmente da capacidade de crédito disponível, e acreditamos que os setores de comércio e serviços também tenha um crescimento em função da melhora da economia”, disse.
Ele alerta, entretanto, que não se pode esquecer quem foram os grandes impactados pela crise gerada na pandemia e mais demitiram. “As micro e pequenas empresas conseguem rapidamente se recompor, mas para isso dependem efetivamente da reação da economia nacional.”, finalizou.
