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Economia

Itaú Unibanco vê queda da inadimplência e aumento do crédito em 2010

3 novembro 2009 - 13h46

"Nós estamos com uma expectativa de que [a economia brasileira] cresça forte no próximo ano, nos mesmos níveis de antes da crise", disse Carvalho, ressaltando que a previsão do banco é expansão entre 5% e 5,5% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2010.

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Dentro desse cenário, a instituição financeira prevê crescimento de 12% no nível de financiamento neste ano, e de 20 a 25% no próximo. "Os indicadores indicam ampliação dos volumes de financiamento até o fim do ano e também para 2010", afirmou, citando a Selic estável em 8,75%, a inflação sob controle e a retomada do emprego no país.

Esse crescimento no volume de crédito, somado às perspetivas positivas para a economia, farão com que os índices de inadimplência voltem a registrar queda, segundo o executivo.

Em balanço divulgado nesta terça, o Itaú Unibanco apontou que o porcentual de empresas e consumidores com pagamentos atrasados há mais de 90 dias ficou em 5,9% ao final de setembro, acima dos 5,4% registrados em junho.

Apesar da estabilização das taxas entre as pessoas físicas, em 8,1%, a inadimplência entre as empresas ainda subiu no terceiro trimestre, de 3,1% para 4,1%. Para Carvalho, porém, a tendência a partir de agora é de estabilização, com possibilidade de queda.

"Estamos prevendo 5,9% no total do ano, com 8,1% para pessoas físicas e 4,1% na pessoa jurídica, com tendência de diminuição nesses índices", disse.

Para o ano que vem, a previsão é que os indicadores de inadimplência voltem aos níveis pré-crise, em torno de 4,5%, a partir do segundo semestre.

A melhora nas perspectivas para inadimplência fez com que o Itaú Unibanco reduzisse suas provisões para perdas com calotes em 7,1%, para R$ 4,669 bilhões.

Carteira

Os dados divulgados hoje mostram que o banco tinha, ao final de setembro, uma carteira de crédito de R$ 268,693 bilhões, com expansão de 5,5% em relação ao número pró-forma de R$ 254,766 bilhões do final do terceiro trimestre de 2008.

Entre as pessoas físicas, apenas o segmento de crédito pessoal registrou redução no período, de 8,6%. Os financiamentos em veículos e cartão de crédito cresceram 7,6% e 20,9%, respectivamente.

No caso do crédito às pessoas jurídicas, os financiamentos para as micro, pequenas e médias empresas cresceu 18,1%, enquanto os empréstimos às grandes companhias teve leve redução, de 0,1%. Na comparação entre setembro de 2009 e dezembro de 2008, a queda foi de 12,2%.

Segundo Carvalho, a redução se deve em parte à apreciação do real, já que parte importante dos empréstimos a essas empresas está indexada em dólar. Além disso, há uma queda na demanda "pois as grandes empresas estão buscando outras alternativas para se financiar, como o mercado de capitais", disse.

Dentro da previsão de crescimento de até 25% na carteira de crédito para o ano que vem, Carvalho destacou o segmento dos financiamentos imobiliários, que deverá ter expansão entre 30% e 35% no período; o crédito para pequenas e médias empresas, com alta de 20% a 25%; e os empréstimos às pessoas físicas, com elevação de 20%.

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