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O aumento no custo de diversos produtos e serviço em Campo Grande foi sentido na pratica do comercio pela população, no mês de dezembro, com a alta nos preços sendo apontada como grande pelos consumidores. O fato foi ratificado, em números oficiais da inflação na Capital, no último mês do ano, marcando uma elevação de 0,63%. A percentual, que soma diversos fatores, sofreu pequena alta em relação ao mês de novembro, que foi de 0,58%, apesar da pratica de certos preços terem disparado no mercado.

O IPC-CG (Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande) divulgado nesta segunda-feira (6), pelo Nepes (Núcleo de Pesquisas Econômicas) da Universidade Anhanguera-Uniderp, aponta também que apesar das altas no útlimos três meses, que ocorreram ou foram mais sentidas, a inflação acumulada em 2013 chegou a 4,28%, abaixo do centro da meta do Conselho Monetário Nacional (CMN).
O coordenador do Nepes, Celso Correia de Souza, aponta que os grupos Transportes, em especifico os combustiveis, e, Despesas Pessoais apresentaram os maiores índices, 3,55 e 0,42%, respectivamente. “A pressão na inflação do mês de dezembro foi com uma alta geral nos preços dos combustíveis. Já o índice de certo modo positivo, foi com acumulada do ano passado, que ficou em 4,28%, abaixo do centro da meta do Conselho Monetário, estipulada em 4,5%, com tolerância de ± 2%”, explicou.
Souza lembra que apesar de fortes aumentos de preços com produtos e/ou serviços de todos os grupos, sentida na pratica do 'mercado', o grupo Habitação segurou a inflação do ano, devido a forte queda no preço da energia elétrica, sendo o único grupo a ter deflação no ano passado, que foi de (-3,03%). "Como o grupo Habitação é aquele que tem o maior peso na composição da inflação da nossa cidade, essa deflação fez com que o índice de inflação ficasse abaixo da meta estabelecida pelo CMN”, avalia o coordenador.
Os aumentos em 12 meses
Nos últimos doze meses a maior inflação acumulada foi do grupo Despesas Pessoais, com 9,67%, seguido dos grupos Educação 9,28%, Vestuário 9,27%, Transportes 8,57%. Alimentação 6,71%, Saúde 5,17%, todos com inflações superiores à inflação acumulada nesses últimos doze meses, que é de 4,28%.
Do mês de dezembro
Os dez produtos que mais contribuíram para a elevação da inflação do mês de dezembro foram: Óleo diesel, Gasolina, Etanol, Pneu novo, Biscoito, Laranja pera, Refrigerador, Pão francês, Açúcar e Linguiça fresca. Os dez que menos contribuíram para a elevação da inflação na cidade foram: Leite pasteurizado, Carne seca/charque, Tênis, Frango congelado, Acém, Anti-inflamatório e antirreumático, Patinho, Short e bermuda masculina, Alcatra e Contrafilé.
O índice de preços do grupo Habitação apresentou moderada inflação de 0,27%. Alguns produtos deste grupo que sofreram altas de preços foram: refrigerador 10,97%, máquina de lavar roupa 9,17%, pilha 6,83% e fósforos 4,75%. Quedas de preços ocorreram com álcool para limpeza (-8,33%), carvão (-6,45%), sabão em pó (-1,22%), entre outros com menores quedas.
O grupo Alimentação também apresentou moderada inflação e fechou em 0,31%, devido aos fortes aumentos nos preços que ocorreram com: laranja pera 13,96%, miúdos de frango 13,34% e mortadela 10,77%. “Registramos fortes quedas de preços com carne seca/charque (-15,69%), berinjela (-12,86%), melancia (-10,19%) e bisteca suína (-9,12%)”, comenta Correia.
No item carnes alguns cortes tiveram quedas de preços, como patinho (-3,05%), coxão mole (-3%) e lagarto (-2,91%). O frango resfriado teve queda de preço de (-3,01%). Mas outros sofreram fortes altas de preços, como o cupim 9,36%, ponta de peito 4,35% e picanha 4,06% e miúdos, alta de 13,34%. Quanto à carne suína, todos os cortes sofreram fortes quedas de preços, como: bisteca (-9,12%), costeleta (-7,75%) e pernil (-2,39%). "É interessante notar que, mesmo com as festas de final de ano, em que há uma demanda maior pelas carnes, a maioria dos cortes teve quedas de preços. Pode ter ocorrido um excesso de oferta de carnes, ou o consumidor se retraiu, diminuindo a demanda por esse produto”, analisa o coordenador.
Já o grupo Despesas Pessoais apresentou moderada inflação em seu índice, de 0,42%, devido a aumentos nos preços de protetor solar 15,87%, sabonete 3,84%, creme dental 3,40%, entre outros produtos com menores aumentos. Quedas de preços ocorreram com xampu (-3,59%) e fio dental (-3,38%).
Baixou
O Grupo Educação apresentou pequena alta de 0,15% em seu índice, devido a aumentos de preços de artigos de papelaria, de 1,39%.
“Por fim, registramos forte deflação de (-1,22%) no grupo Vestuário, em relação ao mês de novembro de 2013. Aumentos de preços que ocorreram foram: lingerie 3,14%, camiseta masculina 2,19%, camiseta feminina 1,56%, entre outros com menores quedas. Quedas de preços ocorreram com: tênis (-6,89%), saia (-4,50%), short e bermuda masculina (-3,92%), entre outros com menores quedas”, finaliza o pesquisador.
