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INFLAÇÃO

Índice de inflação em Campo Grande é o maior entre as capitais do País

Este desempenho é o segundo maior já registrado desde o início da série histórica na Capital 

12 janeiro 2021 - 14h40Da Redação
A maior contribuição (0,59 p.p.) veio de Alimentação e bebidas, que registrou alta de 2,70% (ante os 2,74% de novembro)
A maior contribuição (0,59 p.p.) veio de Alimentação e bebidas, que registrou alta de 2,70% (ante os 2,74% de novembro) - (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Em mais um mês, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em Campo Grande, surpreendeu e registrou em dezembro, um aumento de 1,51%, 0,64 ponto percentual acima da taxa registrada em julho (0,87%).

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Este desempenho é o segundo maior já registrado desde o início da série histórica na Capital (janeiro de 2014), sendo superado apenas por março de 2015 (1,79%). No Brasil, o IPCA ficou em 1,35%, com acumulado no ano de 4,52%. O destaque ficou por conta da Habitação (2,99%), que apresentou também o segundo maior impacto positivo no índice do mês (0,44 pontos percentuais), o que contrasta com a queda (-0,45%) registrada em novembro.

A maior contribuição (0,59 p.p.) veio de Alimentação e bebidas, que registrou alta de 2,70% (ante os 2,74% de novembro). Os grupos Transportes (1,43%) e Artigos de residência (1,1%) também tiveram alta, inclusive se comparados ao mês anterior (1,12% e -0,56%, respectivamente).

No lado das quedas, o destaque ficou com o grupo Comunicação (-0,28%), que contribuiu com -0,015 p.p. no IPCA de dezembro. Os demais grupos ficaram entre a queda (-0,19%) em Educação e a alta de 0,64% em Saúde e cuidados pessoais.

O grupo Alimentação e bebidas (2,7%) manteve variação semelhante à do mês anterior (2,74%). O subgrupo Alimentação no domicílio teve alta de 3,2% (com impacto de 0,53 p.p.), influenciado principalmente pela elevação nos preços do itens Carnes (3,31% e 0,16 p.p. de impacto) e frutas (17,44% e 0,16 p.p. de impacto). Ganha destaque a variações dos subitens Banana d’água/nanica (28,97%), Banana Maçã (23,41%) e Batata inglesa (21,24%). Esta última tem acumulado de 95,33% no ano. Por outro lado, verificou-se recuo nos preços dos subitens Queijo (-6,2%), Mandioca (-5,72%), Repolho (-2,64) e Suco de Frutas (-2,32%).

A alimentação fora do domicílio (1,14%) também subiu, embora de maneira menos intensa que a alimentação no domicílio. Enquanto a refeição passou de 0,19% em novembro para 0,9% em dezembro, o subitem Refrigerante e água mineral passou do aumento em novembro (1,86%) para queda em dezembro de (-1,71%).

Os maiores acúmulos no ano foram dos subitens Batata Inglesa (95,33%), Arroz (75,31%) e Óleo de soja (65,85%). As maiores influências na inflação vieram do item Carnes, com acumulado de 25,38% e do subitem Arroz, já citado acima.

A variação mensal foi de 2,99% para o grupo Habitação, impactando o índice em 0,44 p.p. e acumulando no ano 6,68% de aumento. Os maiores impactos vieram do subitem Aluguel residencial (1,39% de aumento e impacto de 0,045 p.p.) e da Energia elétrica residencial (6,99% de aumento e 0,38 p.p. de impacto). Os números constrastam com as variações do mês de novembro, que foram: aluguel (-1,61%) e Energia elétrica (-0,60%). A aceleração do grupo Habitação deve-se, principalmente, à alta da Energia elétrica.

Após 10 meses consecutivos de vigência da bandeira tarifária verde (em que não há cobrança adicional na conta de luz), passou a vigorar em dezembro a bandeira vermelha patamar 2, com acréscimo de R$ 6,243 a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Natural, então, que, no acumulado do ano, ganhe destaque, devido a seu peso, a Energia Elétrica Residencial, com 11,22% de aumento.

Os preços dos artigos de residência (1,1%) subiram, influenciando o índice em 0,05 p.p. Fizeram contraste com a queda do mês anterior (0,56%) e acumularam alta de 4,31% no ano. A maior alta se deu no subitem Roupa de Cama (3,21%%), que acumula alta de 18% no ano. A maior contribuição negativa, no entanto, veio do subitem Utensílios de metal (-2,02%), que ainda acumula alta de 3,08% no ano. No acumulado do ano, ganham destaque o Televisor (20,78%) e o Fogão (19,64%).

O grupo Vestuário (0,63%) também teve variação positiva em dezembro, menos intensa que a registrada em novembro (0,9%). Acumulou 2,42% no ano, tendo influenciado o índice em 0,11p.p. Houve quedas nos preços dos subitens Sapato infantil (-2,53%) e Sapato feminino (-1,46%). Os maiores aumentos, por outro lado, se deram com os subitens Bolsa (3,59%), Vestido (3,52%) e Calça comprida masculina (3,22%). No acumulado do ano, ganham destaque os subitens Vestido infantil (12,4%), Joia (12,15%) e Tênis (9,62%). Entre as quedas acumuladas, se destaca o sapato infantil, com -8,99%.

Os Transportes (1,43%) tiveram alta pelo sétimo mês consecutivo, influenciando o índice em 0,3 p.p. e acumulando 6,97% no ano. O aumento foi influenciado, mais uma vez, pelo comportamento dos preços do subitem Gasolina, que subiu 1,33% em agosto, elevando o índice e em 0,09 p.p. e acumulando 8,65% de aumento no ano.

A maior variação positiva foi a das Passagens aéreas (30,67%), cujos preços ainda acumulam queda acumulada no ano (-20,43%). Entre as quedas, ganham destaque o subitem Seguro voluntário de veículo (-0,91), com acúmulo anual de -9,31%. Já entre os maiores acúmulos para 2020, ganha destaque o subitem Automóvel usado, que variou 1,24% em dezembro, mas acumula aumento de 19,28% no ano. Porém, devido ao peso dado à gasolina, esta foi o subitem que mais influenciou o grupo de transportes.

Saúde e cuidados pessoais, para dezembro, teve variação mensal de 0,64%, aumento de 0,37 p.p referente a novembro, e acumulada no ano de 2,35%. As maiores altas foram registradas no item Produtos óticos, mais especificamente, no subitem Óculos de grau (3,06%) e no subitem Artigos de maquiagem, com 3,61%, o mais significativo. Na contramão, temos o Papel higiênico, com queda de -0,91% (frente os 1,555% de novembro), e o Desodorante, com -0,82% (-0,76% em novembro).

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