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ECONOMIA

Ibovespa fecha em alta de 0,81% com ajuda de estrangeiros

6 junho 2017 - 17h36
Comper

Uma aceleração puxada pelos estrangeiros na ponta de compra na segunda etapa do pregão desta terça-feira, 6, fez com que o Ibovespa firmasse a alta e retornasse ao suporte dos 63 mil pontos, em mais um dia de fluxo abaixo da média de maio. No entanto, no fechamento, houve leve recuo da pontuação para 62.954,69 com alta de 0,81%. O giro financeiro ficou em R$ 6,65 bilhões.

De acordo com operadores, o interesse dos investidores não-residentes está baseado em um novo momento de otimismo, que está se descolando do destino que será dado ao presidente Michel Temer. "A leitura mais otimista de muitos profissionais estrangeiros se baseia na confiança passada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e em dados concretos da economia brasileira, como a redução da inflação e da taxa Selic, além do crescimento do PIB e da recuperação da Petrobras com uma gestão mais profissional", ressaltou Marco Tulli Siqueira, gestor de renda variável da corretora Coinvalores.

Hoje o Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou a ata na qual indica que prosseguirá com o processo de afrouxamento monetário, ainda que tenha de reduzir o ritmo de corte da Selic por causa das incertezas causadas pela crise política.

Segundo Siqueira, aliado aos motivos acima, o entendimento é o de que, seja pela substituição do presidente ou pela continuidade dele no cargo, a economia continuará andando e as reformas necessárias para a economia dos gastos públicos e consequente redução da dívida serão aprovadas. "Hoje, as corretoras que operam em nome de estrangeiros tiveram bastante atuação, com lotes expressivos nas pontas compradoras."

O impulso no Ibovespa, que renovou seguidas máximas, aconteceu na segunda etapa do pregão. Primeiro, com a inversão de sentido das cotações do petróleo e de metais no mercado exterior, os papéis da Petrobras - única blue chip a cair - passaram a subir. As ações da estatal encerraram o pregão bem na estabilidade 0,07% (ON) e 0,00% (PN).

Depois, uma valorização do bloco financeiro, com destaque para as ações do Banco do Brasil. De acordo com operadores, as ações do BB, mais sensíveis às crises envolvendo o governo federal - seu acionista controlador -, estão mais voláteis. Assim como recuaram ontem, hoje foram as que mais subiram no bloco do setor financeiro. BBAS3, preferida por estrangeiros, fechou com ganhos de 2,86%, mas está com perdas de 13,81% no acumulado dos últimos 30 dias.

"O importante para o mercado não é mais o julgamento do Michel Temer, mas passar as reformas no Congresso. O sentimento à tarde era que havia mais probabilidade de aprovação de mais uma etapa da reforma trabalhista", notou o operador da mesa institucional da Renascença Corretora Luiz Roberto Monteiro.

Por volta de 15 horas, o relator da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), Ricardo Ferraço (PSDB-ES), previu a aprovação do relatório com placar de 15 a 10 ou 14 a 11. O senador reconheceu que a vantagem não é muito grande, mas é suficiente para avançar com o texto.

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