
Na próxima quarta-feira (26), Campo Grande completa 121 anos. Ao longo desses mais de um século, o município registra um saldo positivo com 2.202 indústrias em operação e que juntas empregam 35.377 trabalhadores com carteira assinada. Mesmo com a pandemia do coronavírus, as indústrias tem se desdobrado e investindo cada vez mais na área de biossegurança para manter as atividades.

No segmento textil, a indústria Cativa MS Téxtil, que reduziu o número de funcionários e os salários em conformidade com a Medida Provisória 936 do Governo Federal para manter empregos durante a pandemia do novo coronavírus, mas três meses depois comunicou a retomada total de sua capacidade de produção. Para isso, foram necessárias medidas de biossegurança para garantir a segurança dos colaboradores.
Todos antes de entrar no prédio têm a temperatura aferida, é obrigatória a utilização de máscaras de proteção facial, além da colocação de frascos de álcool em gel por toda a fábrica. “Também tivemos alteração no refeitório. As refeições eram servidas no sistema de buffet e agora os pratos já vêm prontos. Além disso, fizemos vários horários de almoço para que haja menos funcionários no refeitório”, detalhou o gerente-geral da Cativa MS Têxtil, Israel de Azevedo.
Todos antes de entrar no prédio têm a temperatura aferida, é obrigatória a utilização de máscaras de proteção facial, além da colocação de frascos de álcool em gel por toda a fábrica
Na parte plástica, a indústria plástica Patena ampliou investimentos em maquinários para conseguir suprir a demanda, sendo obrigada a contratar novos colaboradores. “Como trabalhamos com plástico para embalagens de alimentos, não tivemos dificuldade nem redução de demanda, porque o segmento de alimentos e bebidas não foi muito afetado”, comentou o gerente-administrativo e financeiro da Patena, Sidney Giannaccini.
Além disso, em julho a empresa assinou um contrato para produzir embalagens para uma grande indústria sucroenergética utilizada para ensacar a produção de açúcar. “Estamos com tanto trabalho que tivemos de adquirir novas máquinas, uma estrusora, que é a máquina que fabrica o plástico e uma impressora. Para operar esses equipamentos, tivemos de contratar 20 novos colaboradores”, completou Sidney Giannaccini.
Já na parte da construção, a construtora Plaenge também não sofreu tanto os impactos da pandemia do novo coronavírus, que influenciou apenas no tempo necessário para a higienização de ambientes, ferramentas e equipamentos e na redução no quadro de colaboradores, porque aqueles que integram o grupo de risco foram afastados.
Profissionais estão trabalhando com medidas de biossegurança
“Mas era um número pequeno, então as medidas adotadas pela empresa foram avaliadas com êxito em Campo Grande, sendo citadas como referência nacional no segmento de responsabilidade social da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC)”, ressaltou a assessoria de imprensa da empresa.
Conforme o presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), Sérgio Longen, desde o início da pandemia da Covid-19 o Sistema Indústria, por meio do Sesi, Senai e IEL, buscou desenvolver ações que trouxesse algum tipo de apoio para as empresas se recuperarem. “Os meses de abril e maio não foram bons e vimos que precisávamos de soluções. Após as ações nas áreas de biossegurança e de apoio técnico e financeiro para empresas, vemos que alguns segmentos vêm evoluindo satisfatoriamente”, afirmou.
