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PRORROGAÇÃO

Auxílio emergencial vai até dezembro; em MS mais de 1 mil servidores receberam indevidamente

Um levantamento feito pela Controladoria-Geral da União (CGU) com a Controladoria-Geral do Estado (CGE) mostrou que 1.126 servidores públicos ativos e inativos em Mato Grosso do Sul

22 agosto 2020 - 10h30Carlos Ferreira
O aplicativo do Caixa Tem
O aplicativo do Caixa Tem - (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou na tarde de ontem (21) a prorrogação do auxílio emergencial até dezembro. O benefício que paga R$ 600 mensais desde abril, será reduzido para evitar um rombo nos cofres públicos.

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Em junho um levantamento feito pela Controladoria-Geral da União (CGU) com a Controladoria-Geral do Estado (CGE) mostrou que 1.126 servidores públicos ativos e inativos em Mato Grosso do Sul receberam de forma irregular o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 do governo federal. Os pagamentos indevidos somam R$ 719,4 mil. Todos tiveram que devolver o montante. Entre os pagamentos irregulares está o caso de um aposentado com remuneração mensal superior a R$ 35 mil.

De acordo com o levantamento, 259 desses servidores poderão responder a processo administrativo e judicial, por falsidade ideológica, já que fizeram o cadastro no Ministério da Cidadania declarando não ter vínculo empregatício, aposentadoria ou pensão.

De acordo com o controlador-geral do Estado, Carlos Eduardo Girão de Arruda, os benefícios irregulares foram pagos principalmente a aposentados e pensionistas (84,9% dos casos) e servidores da Educação (12,7%, sendo a maioria professores convocados).

O superintendente da Controladoria Regional da União no Estado, Daniel Carlos Siqueira e o controlador-geral do Estado, Carlos Eduardo Girão de Arruda

“O perfil salarial é o mais diverso possível. Você encontra uma boa parte dos servidores ganhando um salário mínimo e até servidores aposentados que tiveram benefício bruto de R$ 35 mil, mas posso te dizer que mais de 80% não recebem mais de R$ 6 mil”, disse na época.

Esta semana, Bolsonaro sinalizou que o valor deve ser um meio termo entre os R$ 200 defendidos pela equipe econômica e os atuais R$ 600 destinados a trabalhadores informais durante a pandemia do novo coronavírus. Hoje, ele ressaltou que a população precisa começar a ter consciência de que, mesmo prorrogado, o benefício não será eterno.

"O auxílio emergencial foi bem vindo, mas ele custa R$ 50 bilhões por ano. Infelizmente, ele não pode ser definitivo, mas vamos continuar com ele, mesmo que com valores diferentes, até que a economia realmente possa pegar no nosso País", disse Bolsonaro no evento. "Vai até dezembro, só não sei qual vai ser o valor", acrescentou.

Mais uma vez, Bolsonaro fez acenos ao Congresso, ao mencionar a relevância que os parlamentares tiveram para o governo na votação na Câmara que manteve veto presidencial ao reajuste de servidores públicos até 2021.

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