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ECONOMIA

Blumpa e Parafuzo se unem em 'Uber' do serviço doméstico

1 dezembro 2020 - 06h05
Comper

A Blumpa e a Parafuzo, líder e vice-líder no segmento de plataformas especializadas na intermediação de serviços domésticos, vão se fundir em uma nova empresa. O comando será do time da Blumpa, mas elas operarão sob a marca da Parafuzo. A transação, que não teve o valor revelado, busca dar impulso às companhias na saída da crise. O "Uber do serviço doméstico" quer dobrar o volume de serviços em um ano, ajudar a formalizar profissionais para que se tornem microempreendedores e trazer para o online um serviço cuja contratação é majoritariamente pessoal.

As duas empresas foram fundadas em 2014 a partir da percepção dos empreendedores de que o boca a boca não ajudava os profissionais, fossem eles diaristas, montadores de móveis e outros prestadores de serviços domésticos, nem aos clientes. Por meio da internet, as empresas colocaram nos aplicativos o pagamento dos serviços, transformaram a indicação de amigos e parentes em avaliações públicas e fizeram o meio de campo entre a agenda dos clientes e a dos prestadores, uma das maiores dores de cabeça nesse tipo de contratação.

Hoje, a Blumpa é especializada em serviços de limpeza, e atua na Grande São Paulo. Já a Parafuzo vai da diarista ao montador, e está em 78 cidades de 12 Estados. As duas calculam que, em média, o serviço de limpeza, o mais popular, renda aos diaristas R$ 125 por uma faxina de quatro horas e meia. Já a plataforma tem sua receita proveniente de comissões: elas levam de 15% a 20% do total pago. A Parafuzo tem 3 mil profissionais cadastrados, e a Blumpa não abre números. As duas mantêm em sigilo a base de clientes.

"Fora do app, é difícil para o cliente encontrar o profissional. Para o profissional, é difícil encher a agenda, e tem muito calote", diz Felipe Brasileiro, CEO da Parafuzo, que será diretor de operações da nova companhia. "Resolvemos os problemas do profissional e os do cliente."

Além de CEO, Felipe é sócio-fundador da empresa, criada em parceria com um amigo em 2014. A Blumpa nasceu no mesmo ano, e depois foi adquirida pelo fundo de venture capital NH Investimentos, que havia feito um aporte inicial na empresa. Antes da crise, as duas empresas davam lucro - algo raro na economia digital. Com a demanda em queda na pandemia e a necessidade de investir, voltaram ao prejuízo. A partir daí, a fusão ganhou sentido.

"Veio a pandemia e as histórias se encontraram", diz Francisco Belda, que foi diretor da Blumpa entre 2018 e 2019 e voltará à nova empresa como CEO. "A fusão nos ajuda a entender melhor os interesses dos nossos usuários, não só clientes, mas também prestadores de serviço."

O acordo de fusão prevê que o grupo gestor da Blumpa assumirá o controle e fará um aporte, de valor não revelado, na empresa. Os sócios da Parafuzo seguem na base, que vai virar a marca de ambas por ser mais conhecida.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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