
Junho foi um dos meses de maiores índices de casos confirmados de coronavírus no Estado, mas segundo os dados divulgados ontem (28) pelos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), 12.501 demissões.

Mas apesar das demissões, só o comércio gerou 373 empregos com carteira assinada no mês, já o setor de serviços apresentou redução de 220 postos de trabalho. No acumulado do ano, de janeiro a junho, o saldo do Estado fica negativo em 617 empregos. Foi um saldo de 1.433 vagas no mercado de trabalho, ou seja, a diferença de 13.934 admissões.
Apesar da quantidade de demissões, a economista Daniela Dias do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS (IPF/MS), acredita que no geral o saldo foi bastante positivo em decorrência da nova realidade do empresário.
"Ainda estamos em um processo de adaptação, com uma reinvenção por parte dos empresários e a readequação ao comportamento dos consumidores. O mês de junho teve o Dia dos Namorados, uma data comemorativa importante, que trouxe um pouco mais de apelo ao consumo e isso também ajudou neste saldo positivo", afirma Dias.
Brasil - Os dados nacionais mostram que o País perdeu 1.198.363 postos de trabalho com carteira assinada no primeiro semestre do ano, o pior resultado para o período desde o início da série histórica do Ministério da Economia, em 2010. No mesmo período do ano passado, foram criadas 408.500 vagas. Apenas no mês de junho foram fechadas 10.984 vagas com carteira, no pior resultado para o mês desde 2016 (-91.032 vagas).
