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PÉSSIMO EXEMPLO

Presidente da OAB-MS critica tentativa do STF de 'furar fila' da vacina contra Covid

Karmouche classificou como "péssimo exemplo" para a população a tentativa do Supremo Tribunal Federal (STF)

24 dezembro 2020 - 14h00Da Redação
O presidente da OAB-MS, Mansour Karmouche
O presidente da OAB-MS, Mansour Karmouche - (Foto: Divulgação)

O presidente da OAB-MS, Mansour Karmouche, classificou como "péssimo exemplo" para a população a tentativa do Supremo Tribunal Federal (STF) de "furar a fila" da vacinação para a covid.

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"Qual a diferença deles para os outros? Não podemos criar um grupo de privilegiados, mas respeitar os grupos prioritários. E depois dos prioritários, vacinar todos de forma idêntica, não pode ter brasileiro de segunda categoria", disse o advogado ao site Campo Grande News.

Ao comentar o fato de a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) ter negado pedido do Supremo para reservar vacinas, ainda sem definida para chegar à população, visando imunizar ministros e funcionários da Corte. Vale lembrar que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) também fez pedido semelhante, igualmente negado pela FioCruz. No site oficial do STJ, o presidente da Corte, Humberto Martins, negou que houve intenção de "furar fila", e justificou "que o ofício encaminhado à Fiocruz se refere à intenção de compra de vacinas para a Covid-19, nos mesmos moldes como o tribunal já faz há vários anos com a vacina da gripe".

Entenda o caso - Por ofício enviado no dia 30 de novembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) solicitou à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para "reservar" doses de vacinas para 7 mil pessoas, entre ministros, servidores e colaboradores.

A medida, segundo o documento escrito pelo diretor-geral do STF, Edmundo Veras dos Santos Filho, permitiria "a destinação de equipamentos públicos de saúde para outras pessoas, colaborando assim com a Política Nacional de Imunização" e que seria para "contribuir com o País nesse momento tão crítico da nossa História", ajudando a acelerar o processo de imunização dos brasileiros.

O ministro defendeu a garantia da imunização no tribunal, dizendo ser importante para a continuidade dos trabalhos. A fundação recusou o pedido. "Nós também temos de nos preocupar para não pararmos as instituições fundamentais do Estado. Nem o Executivo, nem o Legislativo, nem o Judiciário, normalmente integrado por homens e mulheres que já têm uma certa maturidade."

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