Mesmo com a curva acentuada da Covid-19 no Estado, os índices nas aldeias indígenas de Mato Grosso do Sul continuam representando um número considerável. Conforme os dados divulgados na última quinta-feira (22) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), foram confirmados 3.762 casos do novo coronavírus, o que representa 4,80% de casos do Estado até o momento.
Com toda a situação em torno dos indigenas não só de MS, o ministro Luís Roberto Barroso do Supremo Tribunal Federal se manifestou determinando à União que elabore um novo método para o Plano Geral de Enfrentamento e Monitoramento da Covid-19 para os Povos Indígenas dentro de 20 dias. Segundo o ministro, o Plano Geral tem encontrado enorme dificuldade de avançar, o que demanda providências específicas de sua parte.
A nova versão do plano deve conter propostas, como por exemplo, a extensão dos serviços de saúde a terras indígenas não homologadas, a definição das barreiras sanitárias para os povos indígenas em geral, a adoção de medidas de testagem, prevenção e contenção do contágio.
Os municípios de MS que mais obtiveram resultados positivos foram Aquidauana (933), Miranda (792) e Dois Irmãos do Buriti (469). Pelo menos mais de 8 mil indígenas realizaram testes rápidos para Covid-19, com uma taxa de positividade de 25,9%.
Em relação aos óbitos, foram confirmadas 76 mortes entre os indígenas, representando 1,95% da taxa de letalidade do estado. Destas, 52 mortes foram de pessoas com 60 anos ou mais. O maior número de óbitos se concentrou no município de Aquidauana com 24 mortes pela Covid-19.
Barroso afirmou ser necessário "traçar um plano com elementos concretos, critérios objetivos, metas, quantitativos, indicadores, cronograma de execução e resultados esperados’’.